Cidade do México limita aluguel por meio de aplicativo para tentar conter preços

Reforma aprovada no legislativo proíbe proprietários de alugar seus imóveis via plataformas como o Airbnb por mais de 50% dos dias em um ano; Nova York e Barcelona adotaram caminho parecido

Cidade do México limita aluguel por meio de aplicativo para tentar conter preços
Por Alex Vaszquez
06 de Outubro, 2024 | 12:50 PM

Bloomberg — A Cidade do México decidiu limitar os aluguéis de imóveis por meio de aplicativos e plataformas online como o Airbnb, em uma tentativa de conter o aumento dos preços dos imóveis e a gentrificação, ou seja, o encarecimento de bairros que acabam expulsando seus moradores originais.

Medidas semelhantes de limitar ou até proibir o aluguel de curta duração têm sido tomadas em cidades ao redor do mundo, de Nova York a Barcelona, diante da crise do aumento sucessivo de moradias.

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Os legisladores da capital do México votaram por uma reforma que proibirá os proprietários de alugar suas propriedades por meio de tais aplicativos por mais de 50% dos dias em um ano.

Leia mais: Airbnb pede que Nova York reveja regulamentação sobre aluguel de curto prazo

A reforma visa reduzir a concorrência “desleal” com hotéis, disse o parlamento da cidade em um comunicado à imprensa.

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Limitar a oferta de acomodações turísticas promoverá o equilíbrio do mercado, apoiará a indústria hoteleira e evitará mudar o caráter dos bairros saturados por moradias destinadas exclusivamente a turistas, disse Cesar Guijosa, do partido Morena, que controla a cidade e o governo nacional.

A chegada em massa dos chamados “nômades digitais”, principalmente dos EUA, levou a reclamações crescentes dos moradores. Muitos optam por trabalhar na Cidade do México porque o custo de vida é relativamente barato em comparação com as cidades americanas.

As reformas também proíbem que moradias sociais construídas pelo governo sejam alugadas para turistas em plataformas digitais.

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Os legisladores da oposição rejeitaram as reformas, argumentando que elas violam a liberdade individual e os direitos dos proprietários.

Veja mais em Bloomberg.com

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