As ações mais recomendadas para setembro, segundo 12 bancos e corretoras

Últimas cotações

Bloomberg Línea — Agosto foi um mês em que o Ibovespa (IBOV) fechou pregões em valores nominais recordes e encerrou com ganho acumulado de 6,54%, o mais alto desde novembro de 2023, acima dos 135 mil pontos, além de ter voltado a atrair investidores estrangeiros novamente.

A iminência da queda das taxas nos Estados Unidos atraiu investidores de outros mercados, que compraram - de forma líquida - ações brasileiras no valor de R$ 9,7 bilhões em agosto.

Depois de seis meses que somaram um total de R$ 40,1 bilhões em resgates de capital estrangeiro da bolsa brasileira, agosto foi o segundo mês consecutivo em que esses investidores foram compradores líquidos (ingressos menos saídas) de ações do país, totalizando R$ 13,2 bilhões em dois meses.

Para setembro, investidores começam o mês sinalizando a manutenção do movimento, enquanto continuam de olho na decisão sobre os juros americanos e no reposicionamento de portfólios. A apostá consensual é que o corte das taxas deve na próxima reunião do Federal Reserve (Fed) nos dias 17 e 18.

No quadro doméstico, o Brasil sinaliza uma atividade econômica mais aquecida. Na terça-feira (3), por exemplo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB brasileiro teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre deste ano na comparação com os três primeiros meses de 2024.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve expansão de 3,3% da economia. Ambos os números vieram acima do esperado pela Bloomberg Economics.

Nesse cenário, analistas de equity research de bancos de investimento, corretoras e casas de análise promoveram algumas mudanças no portfólio de ações recomendadas para o mês que começa.

Levantamento da Bloomberg Línea com 12 bancos e corretoras revela novamente uma preferência no portfólio por ações expostas a commodities, caso de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), com dez indicações cada uma. No setor financeiro, o Itaú Unibanco (ITUB4), apesar da redução no número de recomendações em relação a agosto, continua a ser a ação preferida pelas corretoras consultadas.

Mas há novidades na seleção, como as ações do Banco do Brasil (BBAS3), da Equatorial (EQTL3) e da Ambev (ABEV3) - esta, uma empresa de bens de consumo exposta à atividade doméstica.

Segundo analistas da EQI, a resiliência da Ambev em cenários econômicos adversos, sua capacidade de manter margens saudáveis e uma forte geração de caixa são os principais motivos para o destaque da companhia. A corretora disse acreditar que a empresa está bem posicionada para continuar a capturar participação de mercado com inovações em seu portfólio.

Do top 10, saem Vibra Energia (VBBR3) e Sabesp (SBSP3). No caso da Vibra, diferentes fatores podem ter levado a Guide Investimentos, a Genial Investimentos e o Banco do Brasil (BB) a retirarem suas recomendações — que vão desde mudanças na percepção de risco ao desempenho recente das ações.

A carteira compilada pela Bloomberg Línea para agosto reúne as recomendações de 12 corretoras, bancos de investimento e casas de análise: Ágora Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, Empiricus Research, EQI Investimentos, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Nova Futura, RB Investimentos, Santander Corretora e XP Investimentos. E é composta pelas ações com mais menções.

Confira as recomendações de cada corretora consultada para setembro: