Startup de IA levanta US$ 1,3 bi em rodada com Bill Gates, Eric Schmidt e Nvidia

Inflection AI, que desenvolveu um assistente pessoal inteligente chamado Pi, alcançou um valuation de US$ 4 bilhões com o novo aporte

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Bloomberg — A Inflection AI, uma startup que criou um chatbot “gentil e solidário” chamado Pi, levantou US$ 1,3 bilhão em uma das maiores rodadas de financiamento do atual frenesi de Inteligência Artificial do Vale do Silício.

O acordo atribui à startup um valuation de US$ 4 bilhões, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto que pediu para não ser identificada por discutir informações privadas.

“Estamos de fato construindo o maior supercomputador do mundo com os chips H100 da Nvidia”, disse o CEO Mustafa Suleyman nesta sexta-feira (30) à Bloomberg Television. “Isso é obviamente muito caro.”

Os co-fundadores da Inflection AI incluem figuras importantes do Vale do Silício. Suleyman foi co-fundador do influente laboratório de inteligência artificial do Google, o DeepMind. Ele começou a empresa no ano passado com Reid Hoffman, co-fundador do LinkedIn e sócio da Greylock Partners.

A empresa também tem uma lista repleta de estrelas de investidores. Sua nova rodada de financiamento foi liderada por Hoffman, o co-fundador da Microsoft (MSFT) Bill Gates, o ex-CEO do Google (GOOG) Eric Schmidt e a Nvidia (NVDA).

Mesmo em uma era de obsessão dos investidores por startups de IA, o negócio da Inflection AI é notável em sua escala. A rodada de financiamento eleva o total arrecadado pela empresa para US$ 1,53 bilhão, informou a Inflection AI na quinta-feira (29). Não divulgou quanto do negócio é em dinheiro e quanto é em outras formas de valor, como créditos para tecnologias que alimentam ferramentas de IA.

A Inflection AI disse que tem trabalhado com a CoreWeave e a Nvidia para construir o que chamou de o maior cluster de computação de IA do mundo, com 22.000 chips H100 da Nvidia, destinados ao uso com modelos de linguagem grandes em particular.

“Em alguns meses, teremos aumentado o tamanho desse cluster para ser o segundo maior supercomputador do planeta”, disse Suleyman à Bloomberg TV.

O CEO chamou os serviços personalizados de IA de “a ferramenta mais transformadora de nossas vidas”, em um comunicado, e acrescentou: “Este é realmente um ponto de inflexão”.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, também se entusiasmou com o fato de a startup usar a tecnologia da Nvidia para “implantar modelos massivos de IA generativa que permitem assistentes digitais pessoais incríveis”.

O chatbot Pi, que é uma abreviação de “inteligência pessoal” (personal intelligence), foi projetado para ser um assistente que oferece “conversas de texto e voz, conselhos amigáveis e informações concisas em um estilo natural e fluido”.

Eventualmente, a tecnologia será capaz de executar tarefas do mundo real, disse Suleyman. “Ele marcará horários para você; planejará férias; vai comprar coisas para você e fazer a sua agenda”, disse ele.

- Com a colaboração de Ed Ludlow.

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