Bloomberg — A Apple (AAPL) planeja atualizar sua assistente virtual Siri com uma solução de Inteligência Artificial (IA) mais avançada, o que deve permitir que usuários controlem funções individuais de aplicativos com a própria voz, disseram pessoas com conhecimento do assunto à Bloomberg News.
Pela primeira vez, o novo sistema permitirá que a Siri controle todas as funções dentro dos aplicativos, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas.
Essa mudança exigiu uma reformulação do software subjacente da Siri com grandes modelos de linguagem (LLM) – uma tecnologia central por trás da inteligência artificial generativa – e será um dos destaques da nova investida da Apple em IA, disseram essas fontes.
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A atualização é parte de uma estratégia mais ampla em IA da empresa, que será revelada na Worldwide Developers Conference em 10 de junho, a sua conferência anual para desenvolvedores.
A Apple prepara vários recursos, incluindo transcrições de notas de voz e sumários, resumos rápidos de sites e notificações, respostas automáticas a mensagens, edição avançada de fotos e emojis gerados por IA, segundo apurado anteriormente pela Bloomberg News.
Como parte do lançamento, tarefas de IA mais básicas serão processadas nos próprios dispositivos, e recursos mais avançados serão disponibilizados via computação em nuvem.
A empresa também negocia um acordo com a OpenAI para integrar o chatbot da startup, o ChatGPT, e outras tecnologias ao sistema operacional iOS, e ainda conversa com a Alphabet (GOOGL), proprietária do Google, para usar seu software Gemini no futuro.
Craig Federighi, chefe de software da Apple, pediu às equipes para desenvolverem o maior número possível de novos recursos de IA para as atualizações do sistema operacional deste ano.
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A assistente virtual Siri será foco dos lançamentos na Worldwide Developers Conference.
O novo sistema permitirá que a assistente controle e navegue em um iPhone ou iPad com mais precisão. Isso inclui ser capaz de abrir documentos individuais, transferir uma nota para outra pasta, enviar ou excluir um e-mail, abrir uma publicação específica no Apple News, enviar um link por e-mail ou até mesmo pedir o resumo de um artigo ao dispositivo.
Um representante da Apple não quis comentar.
Atualmente, a Siri está limitada a comandos mais genéricos e abrangentes, como tocar listas de reprodução de música, buscar informações ou controlar outros aparelhos inteligentes.
A empresa também oferece as chamadas intenções de aplicativos para desenvolvedores, que permite que criem maneiras para que a Siri acesse funções individuais. Em 2018, a Apple também lançou os Siri Shortcuts, para que usuários criassem manualmente comandos para funções de aplicativos.
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O novo sistema irá além e utilizará IA para analisar o que as pessoas estão fazendo em seus dispositivos e habilitar automaticamente recursos controlados pela Siri. Inicialmente, será limitado aos aplicativos da Apple, mas a companhia planeja dar suporte a centenas de comandos diferentes.
O recurso é uma das iniciativas de IA mais complexas da Apple e só deve ser lançado em 2025, quando fará parte de uma atualização subsequente para o iOS 18, de acordo com as fontes.
A primeira versão do novo sistema operacional será lançada em setembro, por volta da mesma época dos próximos modelos de iPhone - que serão os iPhones 16.
Um componente importante da nova investida é um sistema que usará IA para determinar automaticamente se uma função deve ser disponibilizada no dispositivo ou via nuvem.
O recurso levantou algumas questões de privacidade. Embora as tarefas no aparelho não compartilhem informações pessoais, a abordagem baseada em nuvem exigirá que alguns dados de usuários sejam transferidos para servidores remotos.
As informações serão protegidas pelo chamado Secure Enclave nos chips avançados dos computadores da Apple que alimentam os datas centers, informou a Bloomberg News no início deste mês.
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