OpenAI confirma plano para mudar estrutura e ampliar negócio com fins lucrativos

Startup fundada como uma organização de pesquisa diz que o conselho avalia transformar sua área de negócios em uma corporação de benefício público, enquanto mantém um lado sem fins lucrativos

Como parte da nova estrutura, o braço sem fins lucrativos deteria ações na entidade com fins lucrativos, segundo a OpenAI (Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg)
Por Shirin Ghaffary
27 de Dezembro, 2024 | 04:20 PM

Bloomberg — A OpenAI, fundada há uma década como uma organização de pesquisa, considera realizar uma mudança na estrutura da empresa de inteligência artificial que criaria uma corporação voltada ao lucro mais convencional ao lado de uma divisão sem fins lucrativos.

O conselho avalia um plano que transformaria o negócio da OpenAI em uma corporação de benefício público — uma entidade com liberdade para buscar ganhos, mas com o objetivo de melhorar a sociedade — enquanto mantém um lado sem fins lucrativos, de acordo com uma postagem da empresa publicada nesta sexta-feira (27). Como parte da nova estrutura, o braço sem fins lucrativos deteria ações na entidade com fins lucrativos.

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A Bloomberg relatou anteriormente que a empresa estudava tal movimento e estava em negociações com reguladores na Califórnia e em Delaware sobre a potencial mudança. O anúncio de sexta-feira sinaliza que o conselho está pronto para seguir em frente com uma reestruturação.

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O braço com fins lucrativos existente da OpenAI é atualmente controlado por sua organização sem fins lucrativos. Sob a proposta, o negócio se tornaria uma Delaware Public Benefit Corp. (corporação de benefício público de Delaware), ou PBC.

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A entidade sem fins lucrativos continuaria a existir como uma das “organizações sem fins lucrativos com melhores recursos da história”. Ela então teria uma “participação significativa” no braço com fins lucrativos, na forma de ações determinadas por consultores financeiros independentes a um valuation justo, disse o conselho da OpenAI.

Quando a OpenAI foi fundada em 2015, ela adotou a missão idealista de construir um sistema de inteligência artificial que seria seguro e benéfico para a humanidade.

Em 2019, a OpenAI criou a subsidiária com fins lucrativos para ajudar a financiar os altos custos do desenvolvimento do modelo de IA. Em 2022, quando a OpenAI estreou seu chatbot ChatGPT, a empresa se tornou uma superpotência da inteligência artificial — e colocou suas operações sob maior escrutínio.

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Uma estrutura simplificada com fins lucrativos é considerada mais atrativa para os investidores, embora possa levantar questões sobre se a empresa sediada em São Francisco mantém sua missão original.

Elon Musk, cofundador e investidor inicial da OpenAI, entrou com uma ação judicial contra a empresa em agosto, acusando-a de violar um acordo para operar como uma organização sem fins lucrativos. Musk pediu recentemente a um tribunal federal que bloqueie a OpenAI de buscar uma conversão para um negócio com fins lucrativos enquanto sua luta legal se desenrola.

O conselho da OpenAI disse que o plano proposto garantirá que o braço com fins lucrativos da empresa seja bem-sucedido a longo prazo. Isso ajudará a organização sem fins lucrativos a levantar fundos e executar melhor sua missão, de acordo com o post.

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“Mais uma vez, precisamos levantar mais capital do que imaginávamos”, disse o conselho. “Os investidores querem nos apoiar, mas, nessa escala de capital, precisam de capital convencional e menos personalização estrutural.”

O conselho disse que o plano equiparia melhor a organização sem fins lucrativos da OpenAI para buscar iniciativas de caridade em setores como saúde, educação e ciência.

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