Musk envia carta à Microsoft sobre suposto uso indevido de dados do Twitter

Em abril, big tech removeu o Twitter de seu programa para anunciantes; agora, dono da plataforma acusa a gigante de ter violado pontos do contrato de dados

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Bloomberg — O principal advogado externo de Elon Musk enviou ontem (18) ao CEO da Microsoft (MSFT), Satya Nadella, uma carta em que acusa a gigante de software de supostamente ter acessado dados do Twitter para fins não autorizados.

A Microsoft pode ter violado várias disposições de seu contrato de dados com o Twitter “por um longo período de tempo”, escreveu o advogado da empresa Quinn Emanuel, Alex Spiro, em uma carta vista pela Bloomberg News.

O acordo da Microsoft com o Twitter inclui a obrigação de notificar o Twitter sobre qualquer modificação na API da empresa, ou interface de programação de aplicativos, de acordo com a carta de Spiro. A Microsoft usa a API do Twitter em vários produtos, incluindo Xbox One, Bing Pages, Azure e Power Platform.

Mas no mês passado, a empresa de software sediada em Redmond, Washington, disse que suas ferramentas de planejamento e programação de mídia social para anunciantes não seriam mais compatíveis com o Twitter. Na época, Musk respondeu acusando a Microsoft de “usar ilegalmente os dados do Twitter” e ameaçando com uma ação judicial.

A Microsoft disse em um comunicado enviado por e-mail que havia recebido a carta do Twitter e que analisaria as questões. “Estamos ansiosos para continuar nossa parceria de longo prazo com a empresa”, disse.

Musk, que também é CEO da Tesla Inc. e da SpaceX, comprou o Twitter por US$44 bilhões em outubro do ano passado. Desde então, ele reduziu o número de funcionários e deixou de pagar os fornecedores em meio à queda da receita de publicidade.

A carta, relatada anteriormente pelo New York Times, surge no momento em que o Twitter muda a política da empresa de cobrar das empresas pelo acesso ao seu fluxo de dados.

Musk também criticou publicamente o investimento da Microsoft na OpenAI, fabricante do ChatGPT, que o bilionário co-fundou antes de sair em 2018.

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