JPMorgan coloca IA com função de ‘analista de pesquisa’ para ajudar funcionários

Banco liderado por Jamie Dimon forneceu a profissionais da divisão de gestão de ativos e de patrimônio acesso à própria versão do ChatGPT da OpenAI, chamada LLM Suite

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Bloomberg — O JPMorgan Chase (JPM) lançou uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) generativa e disse a funcionários para pensarem nela como um analista de pesquisas (research analyst) que pode oferecer informações, soluções e conselhos, de acordo com um memorando interno visto pela Bloomberg News.

O banco forneceu a “muitos” funcionários da divisão de gestão de ativos e de patrimônio acesso à própria versão do ChatGPT da OpenAI, chamada LLM Suite. A ferramenta pode ajudar a escrever, gerar ideias, resolver problemas usando planilhas, resumir documentos e muito mais, de acordo com o memorando.

O produto não contém conhecimento específico da divisão de gestão de patrimônio e ativos e destina-se à produtividade de uso geral, segundo o documento.

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Um porta-voz do JPMorgan não quis comentar. O memorando foi relatado anteriormente pelo Financial Times.

O documento foi assinado em conjunto por Mary Erdoes, chefe da divisão de gestão de ativos e patrimônio do banco, Teresa Heitsenrether, diretora de dados e análises, e Mike Urciuoli, diretor de informações da unidade de gestão de ativos e patrimônio.

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, um defensor da IA que compara sua importância a invenções do passado como a máquina a vapor ou a internet, disse que a tecnologia será incorporada em todos os processos do banco, incluindo as áreas de trading, pesquisas econômicas, equity hedging e atendimento ao cliente.

Os maiores bancos do mundo têm feito experiências com IA no último ano, estimulados por seu potencial de aumentar a produtividade dos funcionários e reduzir custos.

O Citigroup estimou que a tecnologia poderia adicionar US$ 170 bilhões em receitas ao setor bancário até 2028 em um relatório de junho, mas que poderia deslocar mais empregos no setor do que em qualquer outro, com 54% das funções sujeitas a um alto potencial para serem automatizadas.

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O Citigroup (C) disse que planejava equipar seus 40.000 programadores com a capacidade de fazer experiências com diferentes tecnologias de IA. O banco de Wall Street também tem recorrido à IA generativa para vasculhar rapidamente centenas de páginas de propostas regulatórias.

O Deutsche Bank tem usado inteligência artificial para examinar carteiras de clientes ricos. E o ING está fazendo a triagem de possíveis clientes inadimplentes.

Um dos principais casos de uso da IA generativa entre os players que atuam com tecnologia financeira e os gigantes do setor bancário tem sido no atendimento e no suporte ao cliente.

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