JPMorgan coloca IA com função de ‘analista de pesquisa’ para ajudar funcionários

Banco liderado por Jamie Dimon forneceu a profissionais da divisão de gestão de ativos e de patrimônio acesso à própria versão do ChatGPT da OpenAI, chamada LLM Suite

Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, que colocou uma ferramenta de IA com função de ‘analista de pesquisa’ para ajudar funcionários
Por Denise Wee - Chanyaporn Chanjaroen
26 de Julho, 2024 | 01:21 PM

Bloomberg — O JPMorgan Chase (JPM) lançou uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) generativa e disse a funcionários para pensarem nela como um analista de pesquisas (research analyst) que pode oferecer informações, soluções e conselhos, de acordo com um memorando interno visto pela Bloomberg News.

O banco forneceu a “muitos” funcionários da divisão de gestão de ativos e de patrimônio acesso à própria versão do ChatGPT da OpenAI, chamada LLM Suite. A ferramenta pode ajudar a escrever, gerar ideias, resolver problemas usando planilhas, resumir documentos e muito mais, de acordo com o memorando.

O produto não contém conhecimento específico da divisão de gestão de patrimônio e ativos e destina-se à produtividade de uso geral, segundo o documento.

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Um porta-voz do JPMorgan não quis comentar. O memorando foi relatado anteriormente pelo Financial Times.

O documento foi assinado em conjunto por Mary Erdoes, chefe da divisão de gestão de ativos e patrimônio do banco, Teresa Heitsenrether, diretora de dados e análises, e Mike Urciuoli, diretor de informações da unidade de gestão de ativos e patrimônio.

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, um defensor da IA que compara sua importância a invenções do passado como a máquina a vapor ou a internet, disse que a tecnologia será incorporada em todos os processos do banco, incluindo as áreas de trading, pesquisas econômicas, equity hedging e atendimento ao cliente.

Os maiores bancos do mundo têm feito experiências com IA no último ano, estimulados por seu potencial de aumentar a produtividade dos funcionários e reduzir custos.

O Citigroup estimou que a tecnologia poderia adicionar US$ 170 bilhões em receitas ao setor bancário até 2028 em um relatório de junho, mas que poderia deslocar mais empregos no setor do que em qualquer outro, com 54% das funções sujeitas a um alto potencial para serem automatizadas.

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O Citigroup (C) disse que planejava equipar seus 40.000 programadores com a capacidade de fazer experiências com diferentes tecnologias de IA. O banco de Wall Street também tem recorrido à IA generativa para vasculhar rapidamente centenas de páginas de propostas regulatórias.

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O Deutsche Bank tem usado inteligência artificial para examinar carteiras de clientes ricos. E o ING está fazendo a triagem de possíveis clientes inadimplentes.

Um dos principais casos de uso da IA generativa entre os players que atuam com tecnologia financeira e os gigantes do setor bancário tem sido no atendimento e no suporte ao cliente.

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