Bloomberg — A Intel (INTL) planeja uma série de demissões para reduzir custos e tentar se recuperar da queda nos lucros e perdas de participação no mercado.
A redução da força de trabalho pode ser anunciada já nesta semana, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News e pediram para não serem identificadas, porque a informação não é pública.
A Intel, que deve divulgar o balanço do segundo trimestre nesta quinta-feira (1º de agosto), tem cerca de 110.000 funcionários, excluindo os trabalhadores das unidades que estão sendo desmembradas.
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O CEO Pat Gelsinger ampliou os gastos em pesquisa e desenvolvimento com o objetivo de aprimorar a tecnologia da Intel e ajudá-la a voltar à liderança na indústria de semicondutores.
A posição outrora dominante da empresa se desgastou com os antecessores de Gelsinger, uma vez que rivais, como a Advanced Micro Devices, alcançaram e conquistaram participação no mercado. Um porta-voz da Intel não quis comentar.
Outros fabricantes de chips, liderados pela Nvidia (NVDA), avançaram no desenvolvimento de semicondutores adaptados para tarefas exigentes relacionadas à inteligência artificial.
A Intel também está enfrentando a demanda desigual por chips que operam notebooks e desktops, seu principal negócio.
Com a aposta de que a Intel pode melhorar sua tecnologia, Gelsinger embarcou em um plano para construir fábricas de semicondutores para outros fabricantes de chips.
Na semana passada, a Intel contratou Naga Chandrasekaran, da Micron Technology, como diretor de operações globais, para liderar os esforços gerais de fabricação da empresa.
A Intel reduziu sua força de trabalho em cerca de 5% em 2023, para 124.800 até o final do ano, depois de anunciar cortes a partir de outubro de 2022. A empresa também reduziu os gastos em outras áreas. A expectativa era de uma economia de US$ 10 bilhões até 2025 com essas reduções.
Os analistas projetam uma receita estável da Intel no segundo trimestre em comparação com o ano anterior.
Para o crescimento, estimativas de Wall Street apontam para um aumento modesto no período, e alta de 3% nas vendas totais para US$ 55,7 bilhões no acumulado do ano. Esse seria o primeiro aumento de receita anual desde 2021.
--Com a colaboração de Ian King.
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