Elon Musk diz que não tem interesse em comprar a operação do TikTok nos EUA

A Bloomberg News informou, em janeiro, que as autoridades chinesas avaliavam a possibilidade de o bilionário adquirir as operações da TikTok nos EUA; Musk disse que “não fez uma oferta” pela plataforma

“Não fiz uma oferta pelo TikTok”, disse Musk, ao participar da conferência remotamente por vídeo, só divulgada neste sábado, (8). “Não tenho planos para o que eu faria se tivesse o TikTok” (Foto: Kent Nishimura/ Bloomberg)
Por Shelly Banjo
08 de Fevereiro, 2025 | 04:42 PM

Bloomberg — Elon Musk disse não estar interessado em comprar a operação do TikTok, o popular aplicativo de vídeo social de propriedade da chinesa Bytedance que os Estados Unidos tentam banir por questões de segurança nacional.

Ele comentou - os primeiros sobre o tema da compra do TikTok - em uma conferência na Alemanha, organizada por Mathias Doepfner, o bilionário executivo-chefe do conglomerado de mídia alemão AxelSpringer, no mês passado.

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“Não fiz uma oferta pelo TikTok”, disse Musk, ao participar da conferência remotamente por vídeo, só divulgada neste sábado, (8). “Não tenho planos para o que eu faria se tivesse o TikTok”.

Musk disse que pessoalmente não usa o TikTok.

"Não estou ansioso para adquirir o TikTok", disse Musk, que comprou o Twitter em 2022 antes de renomear o serviço de mídia social X. "Eu geralmente construo empresas do zero."

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Em janeiro, a Bloomberg News informou que as autoridades chinesas avaliavem a possibilidade de permitir que a pessoa mais rica do mundo e aliada próxima do presidente Donald Trump adquirisse as operações da TikTok nos EUA se a empresa não conseguisse se defender de uma proibição.

Em um cenário, o X de Musk assumiria o controle da TikTok nos EUA e administraria o negócio em conjunto, disseram à Bloomberg News pessoas familiarizadas com o assunto.

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No primeiro dia de Trump no cargo, ele assinou uma ordem executiva que suspendeu temporariamente a venda forçada ou o fechamento do TikTok, o que deu à empresa e à sua controladora mais tempo para chegar a um acordo. A ordem veio horas após a posse de Trump, que contou com a presença do CEO da Bytedance, Shou Chew.

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A ordem marcou a última reviravolta em um esforço de anos em Washington para banir o aplicativo por questões de segurança. Trump - que defendeu a proibição durante seu primeiro mandato - mudou de ideia depois que o aplicativo o ajudou a conquistar os eleitores mais jovens.

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“Ganhamos o voto dos jovens. Acho que o conquistei por meio do TikTok, por isso tenho um carinho especial pelo TikTok”, disse.

Musk, assim como Trump, sempre pode mudar de ideia.

Trump afirmou que estaria aberto a negociar caso Musk, que doou mais de US$ 250 milhões para sua campanha presidencial, ou ao presidente da Oracle, Larry Ellison, decidissem formar uma joint venture com o governo dos EUA.

Esta semana, o presidente americano também assinou uma ordem executiva separada que, segundo ele, orientaria as autoridades a criar um fundo soberano dos EUA que poderia ser usado para facilitar a venda do TikTok.

A ByteDance tem se recusado publicamente a vender o TikTok. Potenciais compradores têm dito que esperam que uma decisão da Suprema Corte em apoio à lei de segurança nacional, que obriga a empresa a vender ou encerrar o serviço nos EUA, possa fazer a companhia reconsiderar.

A decisão também não depende exclusivamente da ByteDance, já que o governo chinês precisaria aprovar qualquer transação.

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