Alphabet, do Google, acerta compra da startup de cibersegurança Wiz por US$ 32 bi

Negócio vai proporcionar à unidade de computação em nuvem do Google novos produtos de segurança; Microsoft e Amazon são os principais rivais da companhia nesse mercado

Google
Por Andrew Martin
18 de Março, 2025 | 10:10 AM

Bloomberg — A Alphabet, holding do Google, concordou em adquirir a empresa de cibersegurança Wiz por US$ 32 bilhões, em um movimento que concretiza um acordo menos de um ano após as negociações iniciais terem fracassado, pois a startup de computação em nuvem queria se manter independente.

Assim que o acordo for fechado, a Wiz se unirá ao negócio de Google Cloud, disseram as empresas em um comunicado na terça-feira.

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O acordo, que será o maior da Alphabet até o momento, ocorre depois que a Wiz recusou uma oferta de US$ 23 bilhões da líder de pesquisa na internet no ano passado, após vários meses de discussões.

Na época, a Wiz desistiu ao decidir que poderia valer mais ao buscar uma oferta pública inicial (IPO). Preocupações sobre desafios regulatórios também influenciaram a decisão.

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A compra da Wiz fornece à unidade de computação em nuvem do Google novos produtos de segurança para oferecer aos clientes, enquanto trabalha para alcançar seus rivais maiores, Microsoft e Amazon, no competitivo mercado de rápido crescimento.

A Wiz oferece ferramentas de cibersegurança específicas para a nuvem que funcionam em todas as plataformas, identificando e priorizando ameaças em ambientes de nuvem frequentemente complexos das organizações.

“Os produtos da Wiz continuarão funcionando e estarão disponíveis em todas as principais nuvens, incluindo Amazon Web Services, Microsoft Azure e Oracle Cloud, e serão oferecidos aos clientes por meio de uma gama de soluções de segurança de parceiros”, disseram as empresas no comunicado.

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Fundada em 2020, a Wiz cresceu rapidamente, com o apoio de investidores como Greenoaks, Sequoia Capital, Index Ventures, Insight Partners e Cyberstarts. A empresa foi avaliada em US$ 12 bilhões em uma rodada de financiamento em maio de 2024.

O CEO da Wiz, Assaf Rappaport, descreveu a oferta anterior da Alphabet como “humilhante”, mas na época disse que gostava da ideia de fazer a Wiz crescer e se tornar um gigante independente de cibersegurança, para competir com empresas como CrowdStrike Holdings e Palo Alto Networks.

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A startup e seus investidores também rejeitaram a oferta do Google no ano passado, em parte devido a preocupações com um processo prolongado de aprovação regulatória, com as autoridades de concorrência nos EUA e na Europa analisando a indústria de tecnologia por seu impacto econômico e poder de mercado.

Embora a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, provavelmente ofereça um ambiente de negócios mais permissivo, a oferta da Alphabet pela Wiz ainda pode atrair a atenção de reguladores antitruste.

O Google já tem enfrentado vários desafios nesse sentido, incluindo uma acusação do Departamento de Justiça de abusar de sua posição dominante na pesquisa online.

Nesse caso, um juiz federal decidiu no ano passado que o Google manteve um monopólio ilegal na pesquisa. A empresa também está enfrentando outro processo antitruste sobre suas ferramentas de publicidade digital.

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