AWS tem maior expansão em um ano com demanda por serviços de IA

Unidade de nuvem da big tech é destaque do resultado trimestral e indica que investimentos realizados na divisão nos últimos anos começam a gerar mais receitas, diz CEO Andy Jassy

Serviços de nuvem da AWS tiveram o maior crescimento em receitas em um ano no primeiro trimestre (Foto: Brent Lewin/Bloomberg)
Por Matt Day
30 de Abril, 2024 | 07:18 PM

Bloomberg — A Amazon Web Services (AWS), unidade de nuvem da big tech, registrou o maior crescimento de vendas em um ano, um sinal de que a sua divisão mais lucrativa está se recuperando à medida que as empresas retomam os gastos em projetos de tecnologia.

Apesar do desempenho na nuvem, a previsão de vendas da empresa para o trimestre atual, de abril a junho, ficou aquém das estimativas. A Amazon (AMZN) disse que a receita será de US$ 144 bilhões a US$ 149 bilhões, enquanto analistas, em média, projetaram US$ 150,2 bilhões.

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O CEO, Andy Jassy, nos últimos anos reduziu custos e colocou foco na rentabilidade no negócio central de varejo da Amazon, com a demissão de milhares de pessoas e a busca por uma rede de armazéns mais eficiente. Ao mesmo tempo, ele apoiou grandes investimentos em serviços de Inteligência Artificial (IA) que a Amazon espera que gere dezenas de bilhões em receita nos próximos anos.

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A empresa com sede em Seattle registrou lucro operacional de US$ 15,3 bilhões no primeiro trimestre. A receita aumentou 13%, para US$ 143,3 bilhões, no período encerrado em 31 de março, disse a Amazon na terça-feira (30) em comunicado. Ambas as cifras superaram as estimativas dos analistas.

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As vendas da unidade de nuvem Amazon Web Services foram de US$ 25 bilhões, um aumento de 17% em relação ao ano anterior. Os analistas estimaram vendas da AWS de US$ 24,1 bilhões.

“A combinação de empresas renovando seus esforços de modernização de infraestrutura e o apelo das capacidades de IA da AWS está reacelerando a sua taxa de crescimento (agora em uma taxa de receita anual de US$ 100 bilhões)”, disse Jassy em comunicado.

O crescimento das vendas na unidade de nuvem havia desacelerado para uma mínima recorde no ano passado, à medida que as empresas reduziram os gastos com tecnologia e buscaram conter os gastos de computação que haviam aumentado durante a pandemia.

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Os investidores têm apostado em uma recuperação neste ano, especialmente após os fortes resultados da semana passada da Microsoft e do Google, da Alphabet, os dois principais rivais da Amazon no negócio de aluguel de poder computacional e armazenamento de dados.

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A AWS gerou um lucro de US$ 9,42 bilhões no trimestre.

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A margem operacional da unidade - de 37,6% - é a mais ampla desde que a Amazon começou a divulgar as vendas de seu negócio de nuvem. A divisão realizou seus maiores cortes de pessoal no ano passado e continuou a reduzir seus quadros seletivamente, mesmo enquanto contratava em outras áreas.

Os gastos com tecnologia e infraestrutura, uma categoria ampla que inclui desde salários de engenheiros até novos servidores, foram de US$ 20,4 bilhões, ligeiramente abaixo do ano anterior, uma queda inédita após anos de crescimento de dois dígitos em grande parte ininterrupto.

As ações da Amazon subiram cerca de 2% nas negociações do after market após fecharem a US$ 175 em Nova York. A ação subiu cerca de 15% no acumulado de 2024.

Os resultados também são os primeiros desde que a Amazon introduziu publicidade em vídeo no serviço de streaming Prime Video, criando uma nova fonte de receita. A receita com publicidade aumentou 24% para US$ 11,8 bilhões.

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