Bloomberg — Gangues de ransomware roubaram mais de US$ 1 bilhão em 2023, a maior quantia já registrada, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira (7) pela empresa de análise blockchain Chainalysis.
Os ataques de ransomware consistem no bloqueio pelos cibercriminosos do acesso aos dados ou arquivos das vítimas até que elas paguem uma taxa de extorsão, geralmente por meio de criptomoedas.
Em 2023, os hackers quase dobraram os fundos roubados em 2022 e ultrapassaram os recordes anteriores estabelecidos durante um boom de ransomware durante a pandemia, segundo o relatório. A Chainalysis afirmou que os hackers de ransomware levaram US$ 567 milhões em 2022.
A comercialização do ransomware – um fenômeno em que hackers vendem malware para outros e recebem uma parte dos lucros – tornou mais fácil realizar tais ataques. A profissionalização do crime levou a um aumento no número de ameaças em 2023, disse Jackie Burns Koven, chefe de inteligência de ameaças cibernéticas da Chainalysis.
As gangues de ransomware estão cada vez mais adotando uma estratégia de “caça a grandes alvos”, o que significa que realizam menos ataques ao longo do ano, mas cobram pagamentos maiores a cada vez, às vezes extorquindo US$ 1 milhão em um único ataque, destaca o relatório.
Em um exemplo extremo, a gangue de ransomware Cl0p acumulou mais de US$ 100 milhões em pagamentos de resgate ao visar o aplicativo popular de transferência de arquivos MOVEit, usado por milhares de companhias globalmente, de acordo com a Chainalysis.
Algumas vítimas de destaque incluíram a petroleira Shell (SHEL), agências do governo federal dos Estados Unidos e a aérea British Airways.
Outros players ativos durante o ano incluíram ALPHV-BlackCat e Scattered Spider, responsáveis por invadir os sistemas de gigantes do cassino como MGM Resorts International e Caesars Entertainment em setembro, além de LockBit, um grupo que oferece ransomware como serviço.
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