Novo MacBook Air é arma da Apple para reverter queda em venda de computador

Novo modelo será o primeiro Air com tela grande desde que o notebook compacto da empresa foi lançado em 2008; vendas de Macs caíram 31% no 1º trimestre

Modelo com tela maior pode ser um motivo para os consumidores trocarem de computador
Por Mark Gurman
06 de Junho, 2023 | 08:40 AM

Bloomberg — O primeiro MacBook Air de tela grande e novas versões do Mac Studio e do Mac Pro são as principais apostas da Apple (AAPL) para reverter uma queda nas vendas que afetou os seus lucros mais recentes e competir com os computadores com Windows.

Um novo modelo maior do MacBook Air, apresentado na segunda-feira (5) na Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC, na sigla em inglês) da empresa, tem uma tela de 15,3 polegadas. Desde o lançamento do produto em 2008, a maioria dos modelos do MacBook Air tinha uma tela de no máximo 13 polegadas. O MacBook Air é o notebook mais compacto da Apple.

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O novo produto, que custa a partir de US$ 1.299 os Estados Unidos, utiliza o chip M2 e oferece 18 horas de duração da bateria, disse a Apple durante o evento em Cupertino, Califórnia.

Segundo espera a Apple, a nova linha dará aos consumidores um motivo para trocar seu computador atual por um modelo mais recente, especialmente para aqueles que já manifestavam interesse em comprar um MacBook Air de tela maior.

A Apple e outros fabricantes de notebooks enfrentam uma retração na indústria de computadores, que viu as vendas dispararem durante a fase mais aguda da pandemia, impulsionadas pelo crescimento do trabalho remoto.

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A desaceleração atingiu a Apple e as vendas de Macs caíram 31% no primeiro trimestre, para cerca de US$ 7,2 bilhões — uma queda mais acentuada do que Wall Street temia.

Novos Mac Studio e Mac Pro

A empresa também apresentou uma versão de segunda geração de seu desktop Mac Studio para profissionais de criação de imagem e vídeo e desenvolvedores de software.

Os novos modelos se parecem com a versão do ano passado — pequenos computadores de mesa sem monitores embutidos — mas adicionam dois novos chips: o M2 Max e o M2 Ultra.

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A empresa também incluiu os chips desenvolvidos por ela no desktop Mac Pro, que custa US$ 6.999. A versão atual do dispositivo ainda roda um chip Intel, o que o torna um obstáculo na estratégia da Apple de utilizar os próprios processadores. O novo Mac Pro completa o distanciamento da empresa da Intel.

A mudança da Apple para processadores desenvolvidos por ela mesma é creditada por ajudar os seus computadores a durar mais e ter um desempenho melhor sob cargas de trabalho pesadas. Os Macs mais recentes também aumentam a duração da bateria e podem executar aplicativos do iPhone.

As mudanças tiveram efeitos mistos para a Apple, já que alguns consumidores agora não atualizam suas máquinas com tanta frequência. Essa tendência, junto de um ambiente macroeconômico mais fraco, pode estar contribuindo para a desaceleração das vendas.

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A empresa tem mais atualizações em andamento para a linha de Macs. Ela também trabalha em um chip M3, junto a novas versões do MacBook Air de 13 polegadas, além de novos MacBook Pro de 13 polegadas e um iMac, informou a Bloomberg News.

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