Apple abre chip de pagamento do iPhone para aplicativos de outras empresas

Medida permitirá que bancos e outros serviços usem o iPhone para realizar pagamentos por NFC diretamente, sem usar o Apple Pay; empresa cobrará taxa

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Bloomberg — A Apple (AAPL) começará a permitir que outras empresas usem o chip de pagamento do iPhone para realizar transações, uma medida que permite que bancos e outros serviços concorram com a plataforma Apple Pay.

A medida, anunciada nesta quarta-feira (14), é tomada após anos de pressão dos órgãos reguladores, incluindo os da União Europeia. A Apple disse que permitirá que os desenvolvedores usem o componente a partir do iOS 18.1, uma próxima atualização de software para o iPhone.

O chip de pagamento se baseia em uma tecnologia chamada NFC para compartilhar informações quando o telefone está perto de outro dispositivo.

A mudança permitirá que fornecedores externos usem o chip NFC para pagamentos em lojas, tarifas de sistemas de trânsito, crachás de trabalho, chaves de casas e hotéis e cartões de recompensa.

A compatibilidade com carteiras de identidade do governo estará disponível em outro momento mais tarde, informou a empresa. Os usuários também poderão definir um aplicativo de pagamento de terceiros como seu sistema padrão, substituindo o Apple Pay.

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A Apple estava relutante em abrir o chip para os desenvolvedores, citando preocupações com a segurança.

A mudança também ameaça a receita que a empresa gera com as transações do Apple Pay. A empresa fica com uma parte de todos os pagamentos feitos por meio do iPhone.

De acordo com a nova abordagem, no entanto, a Apple ainda exigirá que os desenvolvedores paguem "taxas associadas" para usar o chip NFC e entrem em um "acordo comercial", de acordo com a declaração de quarta-feira.

Isso garante que apenas "desenvolvedores autorizados que atendam a determinados requisitos regulatórios e do setor e se comprometam com os padrões contínuos de segurança e privacidade da Apple" possam acessar o sistema, disse a Apple.

A empresa sediada em Cupertino, na Califórnia, planeja implantar o programa na Austrália, Brasil, Canadá, Japão, Nova Zelândia, Estados Unidos e Reino Unido. A empresa não mencionou a União Europeia, a região que mais pressionou por esse recurso nos últimos meses.

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