Bloomberg — A Amazon detalhou os planos para expandir seu esforço de entrega por drones ainda em fase experimental, anunciando o início do envio de medicamentos prescritos por via aérea e prometendo iniciar voos no Reino Unido e na Itália até o final de 2024.
A varejista online recentemente começou a listar a entrega por drone como uma opção para os clientes da Amazon Pharmacy em um programa de teste em College Station, Texas, uma das duas cidades dos EUA onde a Amazon já está entregando produtos usando seus veículos não tripulados.
Em um evento de imprensa realizado em um armazém perto da sede da Amazon em Seattle, David Carbon, vice-presidente que lidera o programa Prime Air, afirmou que a empresa expandiria seus testes de entrega por drone para uma terceira cidade dos EUA, bem como locais no Reino Unido e na Itália. Os locais serão anunciados “nos próximos meses”, disse Carbon.
A entrega rápida de suprimentos médicos surgiu como um dos principais candidatos viáveis para um negócio de entrega por drone viável. Empresas como a Alphabet, United Parcel e a startup de drones Zipline se comprometeram a entregar produtos médicos por meio de veículos não tripulados, às vezes em programas de teste centrados em campi hospitalares ou comunidades planejadas. Na maioria dos lugares, o uso de drones permanece limitado em testes estreitos, à medida que os reguladores estabelecem regras para limitar os riscos para outras aeronaves e pessoas no solo.
John Love, vice-presidente da Amazon Pharmacy, disse que a empresa está oferecendo entrega gratuita de mais de 500 medicamentos por via aérea para pacientes inscritos no teste de entrega por drone no Texas. Quando o grupo Prime Air da Amazon pesquisou os clientes para perguntar quais produtos eles gostariam de receber dessa forma, os medicamentos “estavam no topo da lista”, disse em uma entrevista.
Os medicamentos vêm em embalagens pequenas e muitas vezes são necessários com rapidez, portanto, provavelmente seriam uma opção popular para entrega por drone se amplamente disponíveis, disse Love. “Há muitas razões pelas quais isso poderia ser muito eficaz e algo que pode ser ampliado”, afirmou.
O programa de drones da Amazon, anunciado ao mundo por Jeff Bezos em 2013, enfrentou desafios técnicos, alta rotatividade e preocupações com a segurança após acidentes em um local de teste. O grupo estava entre as unidades da Amazon que sofreram demissões no início deste ano, conforme relatado pela CNBC na época. Um porta-voz disse que a Amazon já fez “milhares” de entregas em College Station e Lockeford, Califórnia - onde tem seu outro teste de drones nos EUA - desde o lançamento das primeiras entregas em dezembro de 2022.
A empresa tem como objetivo entregar os medicamentos por drone em menos de uma hora e obteve uma licença para operar uma farmácia em um endereço próximo à sua instalação de teste de drones em College Station em maio, de acordo com os registros da Junta de Farmácia do Estado do Texas.
Carbon disse que o mais recente design de drone da Amazon, o MK30, fez seu primeiro voo de teste em setembro. O drone é mais leve e pode voar mais longe do que os veículos MK27 autorizados pela Administração Federal de Aviação a operar nos testes atuais da Amazon.
Ele disse que o programa de entrega por drone da empresa começará a se afastar das instalações especializadas do Prime Air e se integrará à crescente rede de estações de entrega no mesmo dia da empresa.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Opportunity aposta no boom do mercado imobiliário de Miami
Investimentos em startups de IA crescem 27%, na contramão do setor de venture capital
© 2023 Bloomberg LP
