Bloomberg Línea — A última semana de novembro contou com investimentos de venture capital distribuídos por mais startups e com valores mais altos. Os aportes ficaram marcados por rodadas em estágios mais avançados.
A edtech Teachy fechou uma rodada Série A no valor de R$ 40 milhões, enquanto a healthtech Mevo acertou a extensão de uma Série B, adicionando um novo cheque de US$ 5 milhões.
Na região da América Latina como um todo, o capital levantado pela fintech R2 foi o destaque.
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Confira os principais aportes da semana:
Teachy
A edtech Teachy fechou uma Série A de R$ 40 milhões. O aporte foi liderado pelo fundo Goodwater Capital e teve a participação da Reach Capital e da Endeavor. Investidores já no captable, como NXTP e Roble Ventures, acompanharam.
Com dois anos de mercado, a startup fundada por Pedro Siciliano e Fábio Baldissera faz uso de IA (Inteligência Artificial) para facilitar a vida dos professores, com ferramentas para ajudar no planejamento de aulas, na revisão de provas e na criação de métodos de avaliação. De acordo com números internos, a plataforma permite uma economia de até 80% do tempo dos professores.
A Teachy tem uma base de 1 milhão de professores que fazem uso de sua ferramenta, concentrados em geografias regionais como América Latina e Ásia. Os novos recursos serão usados para o aprimoramento do produto e para acelerar a estratégia de expansão internacional.
Mevo
Após o anúncio de uma rodada Série B de US$ 19 milhões (cerca de R$ 100 milhões) em setembro, a healthtech Mevo recebeu um novo cheque de US$ 5 milhões (perto de R$ 29 milhões) da Prosus, a holding global de investimentos em empresas de tecnologia que é a dona do iFood.
A extensão fecha a rodada em R$ 129 milhões, com captação liderada pela Matrix e com participação da Jefferson River Capital.
A startup atua no mercado de prescrições digitais, algo que elimina a necessidade de receitas físicas. Por meio da plataforma, médicos e prestadores de serviços de saúde podem emitir as prescrições digitais para que os pacientes comprem os medicamentos em qualquer farmácia.
Em outro “braço” do negócio, a Mevo dispõe de seu próprio marketplace de farmácias.
Segundo a startup, mais de 10 milhões de pacientes usaram a plataforma ao longo deste ano. O investimento será usado para expandir a operação, com a busca de mais hospitais como parceiros, e a oferta de serviços, com o lançamento de mais produtos no próximo ano.
R2
A R2, startup latino-americana que desenvolve ferramentas de crédito para empresas de tecnologia na região, levantou US$ 59 milhões, em captação que une recursos em equity e dívida.
Do valor anunciado, US$ 9 milhões representam uma extensão de uma rodada Série A liderada pelos fundos mexicanos Hi Ventures e Cometa - e investidores como Endeavor Catalyst e apoiadores anteriores como Y Combinator e Gradient Ventures, do Google, também participaram.
Os US$ 50 milhões restantes são de uma linha de crédito garantida pela Community Investment Management, organização com sede em São Francisco. Os recursos serão usados para ampliar as operações de empréstimo exclusivamente no Chile.
A R2 oferece infraestrutura de crédito e capital para permitir que empresas — como a plataforma de entrega Rappi, a fintech de pagamentos Clip e o aplicativo de transporte InDrive — disponibilizem serviços financeiros sob suas próprias marcas.
A fintech fornece empréstimos que têm como base a receita dos clientes e o pagamento é realizado automaticamente como um percentual das vendas, o que reduz a inadimplência.
Zemo Bank
Fintech para o segmento B2B, o Zemo Bank recebeu aporte de R$ 2 milhões, valor desembolsado exclusivamente pela gestora Bertha Capital.
A startup procura tem como principais serviços emissão de Pix com alta volumetria e boletos, split de pagamentos e integração com sistemas de gestão (ERP).
Com os dados em mãos, a startup procura facilitar o acesso ao crédito para pequenas empresas, com antecipação de recebíveis.
O Zemo Bank está em processo para obter uma licença de Sociedade de Crédito Direto (SCD) do Banco Central, autorização que permite atuar como banco e ampliar a oferta de produtos. E fechou o primeiro semestre deste ano com mais de R$ 1 bilhão de TPV (Volume Total de Pagamentos).
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