Rodadas da semana: startups de delivery e de educação recebem aportes

Na primeira metade do ano, os investidores aportaram US$ 1,1 bilhão nas startups da região; nesta semana um dos destaques foi a Foodology

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Bloomberg Línea — Nesta semana, duas startups que atuam no setor de educação, Preply e Apprenty, bem como a colombiana Foodology, do segmento de delivery, foram alguns dos destaques entre as empresas que receberam aportes de venture capital na América Latina.

No caso da Foodology, a empresa recebeu US$ 17 milhões de investidores já existentes, como Andreessen Horowitz (a16z) e Chimera, e novos, como 30N Ventures, uma empresa de capital de risco sediada no Chile, que fez dela seu primeiro investimento.

A plataforma da empresa funciona em 85 cozinhas na Colômbia, no México, no Brasil e no Peru, com um volume de 300 mil pedidos despachados mensalmente, segundo comunicado de seus investidores. À frente da Foodology estão os fundadores Daniela Izquierdo e Juan Guillermo Azuero.

Os negócios ocorrem em um momento em que o setor de venture capital continua pressionado. Startups latino-americanas receberam US$ 1,1 bilhão em aportes de venture capital no primeiro semestre de 2023, segundo dados do Crunchbase, uma queda de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.

O número de rodadas também caiu. Houve uma redução de 56% na quantidade de negócios fechados no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a consultoria. É um cenário distinto dos anos de 2021, quando a América Latina foi a região de crescimento mais rápido no mercado de venture capital no mundo.

Veja as startups que captaram nos últimos dias:

Foodology

Foodology, uma startup de cloud kitchen da Colômbia, recebeu investimento de US$ 17 milhões com investidores já existentes, como Andreessen Horowitz (a16z) e Chimera, uma empresa de investimentos privados com sede em Abu Dhabi, e novos investidores, como a 30N Ventures, uma empresa de capital de risco chilena. Com o novo aporte, a empresa planeja conquistar uma posição de destaque no Brasil, replicando as operações da Colômbia e México.

Preply

A Preply, uma plataforma para educação fundada por ucranianos, recebeu um aporte Série C de US$ 70 milhões da Horizon Capital, com a participação da Reach Capital e da Hoxton Ventures. A empresa, que tem sua sede nos Estados Unidos, opera na América Latina.

Até hoje, a empresa recebeu US$120 milhões, em julho do ano passado, a plataforma já havia levantado US$ 50 milhões em rodada de investimentos semelhante liderada pela Owl Ventures.

A Preply oferece aulas de mais de 50 idiomas e pretende usar o novo investimento para crescer em inteligência artificial. O português é a sexta língua mais procurada na plataforma, com um crescimento estimado em 60%, segundo a startup.

A empresa diz que nos últimos três anos viu as receitas aumentaram dez vezes. O segmento de negócios B2B representou mais de 200 novos contratos assinados no último ano.

Apprenty

A Apprenty, uma startup brasileira de ensino técnico para a economia digital, recebeu um aporte no valor de R$ 8 milhões liderado pela Canary com participação dos fundos Positive Ventures, Potencia Ventures e Latitud Ventures, além de investidores-anjo do iFood, Gympass e Loft.

A empresa oferece um programa de cinco semanas para preparar jovens para a entrada do mercado de trabalho, alinhando as necessidades com as empresas. Segundo a startup, o dinheiro ajudará a criar outras trilhas educativas e desenvolver ferramentas baseadas em inteligência artificial para acompanhamento dos estudantes.

A startup pretende capacitar e inserir mais de mil jovens no mercado de trabalho até o fim de 2024. A Apprenty opera em um modelo de negócio B2B (que têm as empresas como clientes) sem custo para o estudante.

Enermatch

A Enermatch, plataforma brasileira para auxiliar geradores, gestores e comercializadores de energia limpa, recebeu quase R$ 2 milhões em uma rodada pré-Seed com o fundo de Venture Capital do Grupo Sai do Papel, SdP Capital. Dois investidores-anjo e uma empresa do segmento de energia também investiu na startup, segundo comunicado à imprensa.

Co-fundada por Vitor Delphim, que também é o CEO, a startup tem como clientes fazendas solares, eólicas e empresas de biogás que precisam gerenciar ativos de geração de energia e créditos de carbono oriundos dessa geração, além do faturamento aos clientes finais.

O dinheiro será usado no desenvolvimento tecnológico da solução a na área comercial. Cerca de R$ 500 mil será dedicado a um projeto específico para melhorar a eficiência do consumo energético de uma grande empresa do setor de educação, segundo a startup.

GrowinCo

A startup brasileira GrowinCo recebeu um aporte de R$ 3,6 milhões da GVAngels, rede de investidores anjo formada por ex-alunos da FGV, e Harvard Angels, rede aluminis da universidade americana, para expandir nos Estados Unidos. Também participaram do aporte Urca Angels e Bossanova.

A empresa é uma plataforma de terceirização de produtos e ecossistema de fábricas, fornecedores de ingredientes e embalagens. A startup foi fundada em 2019 por dois ex-executivos da Mondelez.

A startup tem mais de 100.000 fornecedores em sua base os conecta a empresas de bens de consumo rápido, como Natura, Kelloggs, Mondelez, NotCo, Cargill, Kraft Heinz e Danone.

Augen

A Augen, startup para infraestrutura de tratamento de água, esgotos e poços artesianos, recebeu aporte de R$ 4 milhões do Fundo GovTech da KPTL e Cedro Capital, que tem como investidor o Badesul, agência de fomento do governo do Rio Grande do Sul. As empresas Multilaser e Positivo também são investidoras do fundo.

Criada em 2018, a Augen é uma companhia focada na transformação digital do setor de saneamento sediada no Parque Tecnológico da Universidade Federal de Rio Grande (UFRGS).

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