Rodadas da semana: fintechs brasileiras de IA para banco digital e de cripto captam

Magie levantou R$ 22 milhões do fundo americano Lux Capital, depois de ter já ter atraído o Canary; setor financeiro foi o que mais atraiu recursos na América Latina em julho

Cresce o uso de IA em startups e em empresas de diferentes tamanhos e setores de atuação
Por Bloomberg Línea
24 de Agosto, 2024 | 06:15 AM

Bloomberg Línea — O setor financeiro continua a ser o que mais tem atraído recursos de investidores em startups na América Latina. Em julho, fintechs da região captaram, somadas, US$ 106 milhões, o que representou 35% do volume total destinado por investidores a startups de todos os setores, segundo dados do relatório “LatAm Startup Market”, elaborado pela Sling & Hub em parceria com o Itaú BBA.

Do montante destinado a fintechs em julho, o país que mais recebeu foi o México, com US$ 52 milhões, quase a metade do total. Mas uma das maiores rodadas coube a uma fintech brasileira: a Monkey Exchange, que tem uma plataforma de antecipação de recebíveis, fechou uma rodada Série B liderada pela L4, fundo de CVC (Corporate Venture Capital) da B3, no valor de US$ 11,9 milhões.

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O setor continua aquecido: nesta semana que passou, a fintech brasileira Magie recebeu um aporte de R$ 22 milhões do fundo americano Lux Capital, o que conclui a sua rodada Seed no valor total de R$ 28 milhões, ao somar os R$ 6 milhões anteriormente investidos pelo fundo brasileiro Canary.

Veja a seguir mais informações de startups que captaram nesta semana:

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Magie

A fintech cofundada pelo economista Luiz Ramalho, que trabalhou anteriormente no Goldman Sachs e na Blackstone, desenvolveu uma assistente financeira que faz uso de IA (Inteligência Artificial) conectada a um banco digital que funciona no WhatsApp. É possível realizar operações financeiras como fazer um Pix ou pagar boletos, entre outras, por meio de mensagens de texto ou comandos de voz.

“Eles [investidores da Lux Capital] enxergaram no Brasil a oportunidade proporcionada em utilizar inteligência artificial em um setor cheio de ineficiências e falta de alinhamento entre clientes e instituições, mas com ambiente regulatório favorável e alto uso do WhatsApp para distribuição”, disse Ramalho em comunicado.

Os recursos do aporte serão direcionados para reforçar a expansão da Magie no mercado brasileiro, para fortalecer sua infraestrutura de segurança e explorar novas funcionalidades, como a integração via Open Finance. Isso permitirá a conexão com outras instituições financeiras.

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Liqi

A fintech fundada por Daniel Coquieri é especializada na tokenização de ativos, como os de renda fixa, e também oferece a solução de Crypto-as-a-Service (CaaS). Recebeu um aporte de R$ 11 milhões do Pátria Investimentos, por meio de um fundo da Igah Ventures, o “braço” de capital de risco liderado por Pedro Melzer.

Anteriormente, a Liqi já havia atraído como investidores o Itaú, a gestora Galapagos, a Oliveira Trust e a gestora Honey Island. Os novos recursos serão destinados a ampliar a oferta de produtos.

Para o Pátria, o investimento representa a entrada no segmento de criptoativos e infraestrutura blockchain por meio da Igah. Foi uma extensão de rodada Série A da Liqi.

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Coquieri foi o fundador da BitcoinTrade, que se tornou uma das maiores exchanges de criptoativos do país, vendida em 2021 para a Ripio, uma das maiores da América Latina.

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