Rappi atingiu níveis de lucro que permitem pensar em IPO, diz cofundador

Startup de entregas fundada na Colômbia e com grande presença no Brasil, investida do SoftBank, espera estar pronta para uma oferta provavelmente em Nova York em 12 meses, disse Simón Borrero

Simón Borrero, cofundador e CEO da Rappi, uma das mais valiosas startups da América Latina (Foto: Alejandro Cegarra/Bloomberg)
Por Patricia Laya
17 de Setembro, 2024 | 08:59 AM

Bloomberg — A Rappi, uma das startups mais valiosas da América Latina, espera estar pronta para lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em 12 meses, disse o CEO e cofundador Simón Borrero em uma entrevista coletiva de imprensa.

A empresa colombiana com ampla presença no Brasil, que oferece serviços de entrega em nove países, já atingiu níveis de lucro que permitem que a liderança considere um IPO, sendo que Nova York é a jurisdição “provável”, disse Borrero, acrescentando que nos últimos três anos sua receita dobrou.

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"Estaremos prontos em um ano, mas não estamos com pressa", disse ele. "Agora que somos lucrativos, estamos gerando dinheiro para investir."

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Com o apoio do SoftBank, a Rappi, com sede em Bogotá, expandiu-se por toda a região desde sua fundação em 2015 e atingiu o breakeven pela primeira vez no final de 2023.

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A startup continua a se expandir e investe no México e no Brasil após a aquisição de um concorrente. A empresa planeja expandir-se para a América Central, acrescentou Borrero.

A Rappi também investido em ferramentas de Inteligência Artificial (IA) que melhoram o algoritmo de busca e permitem pedidos de entrega por voz.

A empresa agora está presente em 400 cidades, com 350 mil entregadores e 500 mil lojas na plataforma. Atualmente, se concentra na expansão de seu serviço premium Turbo, que oferece tempos de entrega de 10 minutos ou menos em uma escolha de quase 4.000 itens, de acordo com Borrero.

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A empresa tem se preparado para a listagem há meses e contratou seu primeiro diretor financeiro, Tiago Azevedo, em abril. Questionado sobre futuras rodadas de financiamento, Borrero disse que “idealmente” eles agora financiariam o crescimento por meio da receita, em vez de contratar dívidas ou vender equity.

A empresa alcançou as projeções de lucros e prejuízos nos últimos oito trimestres, o que "nos torna uma empresa madura em termos do que podemos prometer ao mercado", disse Borrero.

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- Com a colaboração de Nicolle Yapur.

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