Bloomberg Línea — Pouco mais de um ano depois de receber € 17,5 milhões em uma rodada série A, a portuguesa Infraspeak acaba de receber um novo aporte. A startup, uma plataforma para gestão de facilities, fechou uma captação de € 18 milhões em uma série B. O valor equivale a cerca de R$ 110 milhões.
A Infraespeak foi criada em 2015 na cidade do Porto, em Portugal, e oferece um software por meio do qual os clientes corporativos podem integrar todos os serviços que contratam com empresas de facilities - aquelas que prestam serviços de manutenção, limpeza, jardinagem e segurança.
A nova rodada foi liderada pelo Endeit Capital, fundo europeu de investimentos em scale-ups, e contou com a participação dos investidores já presentes no captable - a Bright Pixel Capital, que liderou a série A, e ainda a Caixa Capital, Innovation Nest e Indico Capital Partners.
Desde o início da operação, a Infraspeak já acumula uma captação total de € 36 milhões, o equivalente a R$ 222 milhões.
“Este investimento irá nos permitir solidificar a nossa posição de líderes na América do Sul, Europa e África, em software de manutenção e facilities, bem como ampliar a nossa presença em mercados importantes como França, Dinamarca, Equador e Peru”, disse Felipe Ávila da Costa, CEO e co-fundador da Infraspeak, em entrevista à Bloomberg Línea.
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Na liderança da operação, o brasileiro migrou para o país europeu aos 15 anos, em 2000. Natural de Porto Alegre, o então estudante do ensino médio queria se habilitar para uma vaga universitária em Portugal.
Anos mais tarde, já formado em engenharia civil pela Universidade do Porto, Costa usou a experiência na incubadora da universidade, a UPTEC, para criar a Infraespeak com Luís Martins, o sócio português e engenheiro de software.
A startup é dona de uma plataforma de dados que, a partir da integração de sensores, pode sinalizar as áreas que precisam de limpeza, a troca de equipamentos danificados ou auxiliar no pedido de orçamentos a parceiros presentes na rede.
O momento da startup
A Infraspeak atua em 32 países e tem mais de 1.000 clientes, gerindo mais de 240.000 edifícios. A maioria dos clientes está nos setores de hotelaria e facilities, além de aeroportos e faculdades. Entre eles, estão na lista a Brasanitas, Siemens, Nestlé, Leroy Merlin e a Vila Galé.
“O momento é de aceleração. Depois de um ano super focado nas conquistas de mais e cada vez maiores clientes, bem como no lançamento da Infraspeak Network (serviço que conecta diferentes fornecedores), o objetivo agora é acelerar as vendas nos nossos principais mercados”, disse Costa.
Entre eles, está o Brasil, onde a startup opera desde 2016 e mantém escritório em Florianópolis. “O Brasil continua a ser um dos nossos mercados que mais crescem”, afirmou o CEO.
No último ano, a Infraspeak atraiu redes como os grupos de shopping centers ALLOS, Terral e Soul Malls, as redes hoteleiras Bourbon e Mabu e a multinacional japonesa Hitachi.
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Segundo o CEO, a startup irá expandir o time no Brasil em 15 pessoas, chegando ao quadro de 40. Na soma global, pretende chegar a 285 profissionais até o fim de 2025, contratando um total de 100 neste novo ciclo de investimentos.
O aumento da equipe acompanha a entrada em novos mercados, como França e Dinamarca, nos quais a startup avançou no último ano.
Para 2025, a Infraspeak prevê a abertura de um escritório em Copenhague, capital da Dinamarca, que servirá como polo para atender outros países como Alemanha, Áustria, Suíça e Suécia.
Além de escritório na cidade de Porto, onde fica a sede, e Florianópolis, a startup tem operações em Londres e Barcelona.
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