Bloomberg Línea — A Gympass decidiu mudar o nome para Wellhub para se posicionar como um aplicativo que é uma solução de bem-estar para os funcionários das empresas, muito além de um “passe de academia”.
Além da mudança de marca, o Wellhub também apresenta atualizações em seu produto, incluindo categorias de atividades físicas, mindfulness, terapia, nutrição, qualidade do sono e saúde reprodutiva.
“Resolvemos colocar o nome mais adequado para a solução que estamos oferecendo no mercado. Não é só a academia. A plataforma vai mudar de nome para mostrar ao mercado que nós somos uma plataforma e uma solução de bem-estar corporativo”, disse Priscila Siqueira, líder do Wellhub no Brasil, em entrevista à Bloomberg Línea.
A mudança de nome também visa expandir a presença da empresa nos Estados Unidos para “demonstrar a amplitude de sua oferta”.
A mudança de marca para Wellhub estará em vigor a partir de 6 de maio.
A empresa, que está presente em 11 países, possui mais de 2,7 milhões de assinantes em sua plataforma e atende a mais de 15.000 clientes corporativos.
Além de benefícios ligados ao fitness, a empresa oferece o pilar de terapia, nutrição, sono, educação financeira, ou seja, “todos os pilares que levam ao bem-estar”, segundo a executiva.
De acordo com Siqueira, a proposta do WellHub é ir “muito além da academia” e oferecer uma experiência maior tanto para os usuários como para as empresas. Ela enfatizou o compromisso da startup em oferecer o que classificou como “solução abrangente e acessível” para o mercado brasileiro, destacando os investimentos realizados para consolidar essa proposta de valor.
“Estamos investindo bastante. Não tornamos público esse número, mas temos investido bastante aqui no Brasil, em específico, porque é um dos nossos principais países. É muito importante que fique muito claro pra todo mundo qual que é a nossa proposta de valor.”
“No ano passado, aumentamos em 37% o número de pessoas que usam a nossa plataforma. Estamos com 15.000 clientes corporativos”, disse Siqueira, que não divulgou o faturamento. Questionada sobre lucro, ela disse que a empresa não queima caixa “há algum tempo”.
Segundo ela, os recursos para o investimento vêm do próprio caixa da Gympass.
IPO e rodadas
A startup é apontada por alguns especialistas como uma candidata a IPO se as condições do mercado melhorarem. Questionada sobre uma eventual listagem, Siqueira disse que a empresa “vem trabalhando como uma organização nesse sentido”.
Fundada como uma plataforma de benefícios corporativos em 2012, a startup recebeu em agosto de 2023 uma rodada de financiamento Série F de US$ 85 milhões liderada pelo fundo EQT Growth, do grupo sueco de private equity EQT, que avaliou a empresa em US$ 2,4 bilhões.
A rodada de financiamento contou com a participação de investidores que já estavam na base, como General Atlantic e Moore Strategic Ventures, que dobraram suas participações na empresa para não serem diluídos e compraram ações de investidores e funcionários atuais e antigos.
Em 2021, o SoftBank havia investido US$ 220 milhões na startup a um valuation de US$ 2,2 bilhões. O grupo japonês não participou da última rodada, mas segue como investidor da empresa. A companhia também recebeu uma linha de crédito da BlackRock.
A empresa também tem acessado o mercado de dívida. Em documento à SEC (Securities and Exchange Commission), a BlackRock divulgou um empréstimo para a Gympass na seção que lista os investimentos referentes ao fim de 2023, com principal em US$ 2 milhões.
Leia também
Apple estuda desenvolver robôs para casa depois de fracasso em carros elétricos