Bloomberg — Algumas das maiores empresas de private equity do mundo, incluindo a Advent e a Blackstone, sondaram a divisão de saúde ao consumidor da gigante farmacêutica francesa Sanofi antes de uma possível separação do negócio, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News.
O negócio também despertou o interesse inicial de Bain Capital, CVC Capital Partners, EQT e KKR, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas, pois o assunto é privado. A unidade poderia ser avaliada em cerca de US$ 20 bilhões, disseram elas.
A Sanofi anunciou em outubro que planeja separar a divisão, que vende produtos de venda livre, incluindo xaropes para tosse Phytoxil e géis de alívio da dor Icy Hot.
Os assessores da empresa farmacêutica sediada em Paris comunicaram que estão abertos a uma venda do negócio de saúde ao consumidor se puderem alcançar o valor desejado, disseram as pessoas.
As ações da Sanofi subiram até 3,2% em Paris nesta terça-feira (20), o maior ganho intradiário em quase quatro meses. Os papéis estavam em alta de 1,9% às 16h57 na capital francesa, dando à empresa um valor de mercado de cerca de € 111 bilhões (US$ 120 bilhões).
Um acordo desse tipo seria uma das principais transações de private equity este ano, embora possa ser complicado de executar devido aos desafios de financiamento de grandes negócios.
A Sanofi pode manter uma participação no negócio como parte de qualquer acordo, disseram as pessoas.
As deliberações estão em estágios iniciais e não há garantia de que as empresas de private equity farão propostas formais. Representantes da Advent, Bain, Blackstone, CVC, EQT e KKR se recusaram a comentar.
Um porta-voz da Sanofi se recusou a comentar sobre o interesse de private equity e referiu-se a declarações anteriores de que a empresa está revisando cenários potenciais de separação.
A Sanofi acredita que o caminho mais provável seria por meio de uma transação nos mercados de capitais para criar uma empresa listada sediada na França, no quarto trimestre deste ano, no mínimo, de acordo com o porta-voz.
A Sanofi disse que a separação da unidade de consumo permitirá que ela gere um valor melhor a longo prazo a partir de terapias de ponta, principalmente em imunologia ou vacinas.
Com a separação, a Sanofi se juntaria a grandes empresas farmacêuticas como a GSK e a Johnson & Johnson, que separaram suas divisões de consumo nos últimos anos para liberar recursos para o desenvolvimento de terapias de próxima geração para câncer, doenças raras e outras enfermidades.
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