Xpeng, montadora chinesa de carros elétricos, estuda oportunidades no Brasil

Em entrevista à Bloomberg TV, vice-presidente e copresidente Brian Gu diz que monitora ‘de perto’ o mercado do país

Xpeng P7 elétrico
Por Linda Lew
27 de Março, 2025 | 12:32 PM

Bloomberg — A Xpeng, fabricante chinesa de veículos elétricos, busca aumentar sua expansão global, inclusive investindo em fábricas e infraestrutura, com foco em grandes mercados como a Europa e a América Latina.

A marca, que já está presente em 30 países, está atualmente concentrada em mercados como o Sudeste Asiático e o Oriente Médio.

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A Xpeng planeja iniciar a produção local na Indonésia no segundo semestre deste ano e está montando um centro de pesquisa e desenvolvimento na Alemanha, disse o vice-presidente e copresidente Brian Gu em uma entrevista à Bloomberg TV.

A empresa está “monitorando de perto” as oportunidades na Europa e na América Latina, especialmente no Brasil e no México, que exigirão investimentos locais, disse ele.

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A Xpeng e outras montadoras chinesas buscam cada vez mais estabelecer a presença de fábricas em mercados estrangeiros, já que os ventos contrários, incluindo tarifas punitivas na Europa, prejudicam as perspectivas de exportação de carros fabricados na China.

Mas a escalada dos atritos comerciais entre parceiros comerciais de longa data, especialmente os EUA e seus vizinhos, cria incertezas sobre os planos de investimento das empresas chinesas no exterior.

No país, a Xpeng continua a desenvolver recursos de direção inteligente, que surgiram como a mais recente linha de frente no acirrado mercado chinês.

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A Tesla implantou recursos de assistência ao motorista semelhantes aos comercializados como Full Self-Driving nos EUA, enquanto a BYD anunciou um sistema chamado God’s Eye.

“Todos os nossos concorrentes subitamente perceberam a importância da direção inteligente para fornecer veículos competitivos na China”, disse Gu.

O surgimento de modelos de inteligência artificial e big data significa que os sistemas da Xpeng podem cortar custos reduzindo o hardware necessário em versões anteriores, como lidars, disse ele.

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A empresa listada nos EUA divulgou na semana passada um prejuízo de 5,79 bilhões de yuans (US$ 797 milhões) para todo o ano de 2024.

Ela prevê vendas entre 91.000 e 93.000 carros para o primeiro trimestre deste ano, depois de entregar um recorde de 91.507 veículos nos últimos três meses de 2024.

-- Com a colaboração de Rebecca Choong Wilkins.

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