Bloomberg — A Volkswagen nomeou um novo diretor-executivo (CEO) para a Audi depois que a marca de luxo ficou atrás dos concorrentes BMW e Mercedes-Benz.
Gernot Döllner, um executivo que já estava na VW, assumirá o cargo em 1º de setembro, disse a Audi nesta quinta-feira (29), confirmando uma notícia anterior da Bloomberg News de que a empresa removeria o atual CEO Markus Duesmann. As ações da VW negociaram em alta de 0,7% em Frankfurt.
Duesmann, 54 anos, lidera a marca rentável - ao lado da Porsche - da Volks desde 2021. Durante o mandato do ex-executivo da BMW, a Audi por um tempo liderou os esforços de software malfadados da VW que atrasaram os principais modelos. No início deste mês, o CEO da VW, Oliver Blume, destacou o lento progresso da Audi em inovação como uma das principais áreas de preocupação.
Blume, que lidera a VW há menos de um ano, busca intensificar as melhorias na maior montadora da Europa para acompanhar a transição de carros elétricos e digitais.
Depois que a empresa esboçou os investimentos em veículos elétricos mais caros do setor sob o comando do antecessor de Blume, Herbert Diess, a VW prioriza a execução e a entrega do produto depois que falhas de software irritaram os clientes e a montadora ficou para trás na China.
Döllner, um ex-executivo da Porsche ao lado de Blume e um veterano de 30 anos na empresa, liderou a estratégia pela última vez para o grupo VW.
A saída de Duesmann é a mais recente de uma série de mudanças na gestão, em um momento em que Blume busca deixar a sua marca para tornar a montadora mais ágil e aumentar as margens. No ano passado, ele encolheu o inchado conselho de administração da VW, removendo os cargos de vendas e aquisições. Ele também instalou um novo líder para a unidade de software Cariad, em dificuldades.
Ao investidor da VW no início deste mês, Blume disse que a linha de modelos da Audi estava atrás da concorrência e de seu próprio potencial. Seus modelos elétricos não estão acompanhando a China, o maior mercado da marca, disse ele. As entregas totais da marca caíram por três anos consecutivos para 1,61 milhão de unidades no ano passado, o menor nível desde 2013.
Nos primeiros três meses deste ano, a Tesla saiu na frente com 422.875 veículos contra 415.684 unidades da Audi.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
No maior mercado de carro elétrico, dois vencedores e centenas de perdedores
Correios: plano de resgatar a estatal esbarra em transformação do setor