Bloomberg — As viagens de negócios, depois de terem sido reduzidas a quase nada no auge da pandemia e, em seguida, enfrentarem uma lenta recuperação, parecem estar finalmente prestes a se recuperar de vez.
Cerca de 42% dos planejadores de viagens corporativas em uma pesquisa global disseram que pretendem aumentar os gastos com viagens de negócios nos próximos 12 meses, à medida que o lucrativo segmento das companhias aéreas se recupera, com expectativas de que possa até mesmo superar os níveis pré-covid.
Em termos de número de viagens realizadas no próximo ano, apenas 10% dos mais de 560 participantes da pesquisa inaugural “State of the Market , realizada pelo Flight Centre Travel Group, previram uma redução, e quase um terço disse que espera viajar até 20% a mais.
O retorno dos viajantes corporativos aos céus está sendo refletido nos gastos com viagens de negócios, que a Global Business Travel Association espera que cresçam 11% neste ano, para US$ 1,48 trilhão.
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Há muito tempo, esses viajantes são um segmento cobiçado pelo setor, pois representam uma grande parte dos lucros das companhias aéreas e dos hotéis com suas tarifas cheias ou com descontos menores do que as de turismo.
Atualmente, os viajantes a negócios também buscam conciliar a rotina de trabalho e lazer, o que os torna um grupo demográfico ainda mais atraente.
"As viagens corporativas são agora, sem dúvida, consideradas um gasto não discricionário para as empresas", disse Melissa Elf, diretora global de operações da Flight Centre.
Embora a região da Ásia-Pacífico lidere a tendência, há alguns mercados, como a China, onde as viagens de negócios ainda não se recuperaram totalmente, em parte porque os voos internacionais para o país ainda não foram totalmente retomados.
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A Marriott International é uma das empresas que testemunha a recuperação em primeira mão, com o segmento classificado como MICE - reuniões, incentivos, conferências e exposições, na sigla em inglês - na Ásia apresentando um forte desempenho.
“Quando saímos da pandemia, o lazer liderou a recuperação e, logo depois, vimos o segmento MICE crescer”, disse o presidente do grupo hoteleiro para a Ásia-Pacífico (menos China), Rajeev Menon, no Fórum de CEOs da Bloomberg em Jacarta, na Indonésia, nesta semana.
“Como grande parte da Ásia é movida por relacionamentos, as pessoas saíram mais cedo [para viagens corporativas]“, disse ele. “Nossos negócios corporativos, na verdade, já haviam se recuperado totalmente no segundo trimestre do ano passado.”
-- Com a colaboração de Angus Whitley.
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