Bloomberg — O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, disse que o valor de cada equipe de Fórmula 1 agora é “bem mais” que 1 bilhão de libras (US$ 1,3 bilhão), graças às mudanças feitas sob a propriedade da Liberty Media. Os comentários foram feitos no momento em que a F1, categoria mais importante do automobilismo, atravessa uma onda de popularidade nos Estados Unidos e um rápido crescimento nas receitas.
Mas não era isso que acontecia antes de a Liberty assumir, segundo Brown.
“Metade do grid é lucrativo”, disse Brown durante um painel no Bloomberg Power Players Jeddah. “Não era assim há cinco anos.”
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Esse sucesso colocou a Liberty em uma posição de poder escolher quem entra na F1. Em janeiro, a proposta do ex-piloto Michael Andretti de ingressar na categoria em 2025 com a General Motors foi recusada.
“O que a Liberty quer fazer é proteger o valor das dez equipes que existem”, disse Brown. “Agora estamos em uma posição em que antes da Liberty você tinha equipes desaparecendo. Agora, na era pós-Liberty, há equipes se alinhando e que querem entrar no esporte. Portanto acho que a Liberty está apenas avaliando como, quando e se eles querem que as equipes entrem.”
A Liberty Media investiu pesadamente na promoção do esporte nos EUA desde que comprou a categoria em 2017. Uma série de acordos e valuations em alta se seguiram, com o crescimento em popularidade principalmente com o sucesso da série em formato de documentário “Drive to Survive”, da Netflix.
O bilionário canadense Lawrence Stroll vendeu no final do ano passado uma participação na equipe Aston Martin para uma empresa de private equity dos EUA, a Arctos Partners, que também tem participações na Fenway Sports, dona do Boston Red Sox, da Major League Baseball (MLB), e no Liverpool Football Club, da Premier League. O negócio avaliou a Aston Martin em cerca de 1 bilhão de libras.
Brown disse que a F1 poderia considerar sua próxima etapa de expansão global no modelo de corridas rotativas, que permitiriam ao circuito entrar em novos mercados. O calendário atual de 24 grandes prêmios por temporada - um dos mais tradicionais em São Paulo, em Interlagos - está no limite, acrescentou ele.
“Se precisássemos adicionar mais algumas corridas, eu diria que a Ásia é um território importante”, disse Brown. “Se tivéssemos mais mercados para entrar, eu diria uma corrida na Ásia, uma na Índia e uma na África do Sul. Isso realmente nos daria uma pegada global.”
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