Vale e BHP avançam em acordo de indenização por desastre de Mariana

Mineradoras afirmaram ao mercado que o acordo total pode chegar a R$ 170 bilhões, incluindo valores que já foram gastos como medidas de compensação

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Bloomberg — As mineradoras Vale (VALE3) e BHP estão mais perto de finalizar um acordo com as autoridades para uma indenização multibilionária sobre o rompimento em 2015 da barragem do Fundão, em Mariana (MG), um dos piores desastres de mineração do país.

As negociações em andamento, que também envolvem a Samarco, joint venture de minério de ferro da Vale e da BHP, apontam para um acordo total avaliado em cerca de R$ 170 bilhões como indenização pelo desastre, disse a Vale na sexta-feira (18) em um documento regulatório.

Isso inclui R$ 100 bilhões em indenizações a serem pagas ao longo de 20 anos ao governo federal do Brasil, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, bem como aos municípios afetados, disse a empresa.

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O avanço nas negociações ocorre mais de oito anos após o rompimento da barragem de rejeitos na mina da Samarco, em Mariana, que matou 19 pessoas e contaminou cursos d’água nos dois estados.

O acordo incluirá os R$ 38 bilhões já gastos em medidas de compensação durante os últimos anos, juntamente com R$ 32 bilhões para obrigações, incluindo iniciativas de reassentamento e recuperação ambiental, disse o documento da Vale.

A BHP emitiu uma declaração semelhante na sexta-feira, depois que a imprensa brasileira informou que um acordo final poderia ser assinado até 25 de outubro.

Enquanto isso, a BHP deverá enfrentar um julgamento em uma ação coletiva paralela no Reino Unido, envolvendo cerca de 620.000 pessoas afetadas pelo desastre da mina da Samarco, a partir da próxima semana.

A aproximação do julgamento aumentou a pressa das mineradoras em resolver o caso no Brasil, já que o acordo pode impactar o tamanho e o escopo do litígio no Reino Unido.

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