UBS planeja próxima rodada de demissões após integração do Credit Suisse

Banco suíço pretende economizar cerca de US$ 6 bi em custos com funcionários nos próximos anos; demissões devem afetar mais de 100 cargos em investment banking

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Bloomberg — O UBS está planejando uma nova rodada de cortes de empregos à medida que a empresa continua a reduzir a força de trabalho após a compra do Credit Suisse, de acordo com pessoas com conhecimento do assunto que falaram à Bloomberg News.

As demissões devem afetar mais de 100 cargos no banco de investimento global da empresa, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas discutindo informações privadas.

A redução de pessoal – que vai além de um corte rotineiro de funcionários com baixo desempenho – está agendada para ocorrer nas próximas semanas, segundo eles.

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Também são esperadas demissões nas áreas de wealth management e mercados, disse outra pessoa. A aquisição de emergência do Credit Suisse aumentou o quadro de funcionários global do UBS em cerca de 45.000 para cerca de 120.000.

Uma porta-voz do UBS recusou-se a comentar. As decisões, incluindo o momento desses cortes, não são definitivas e ainda podem mudar.

A medida marca a mais recente rodada de cortes no banco. Embora o CEO Sergio Ermotti tenha dado pouca informação sobre o número total de demissões, o banco disse que pretende economizar cerca de US$ 6 bilhões em custos com funcionários nos próximos anos.

A gestão tem mostrado pouco interesse pela área de investment banking do Credit Suisse desde que o acordo mediado pelo governo foi anunciado. O UBS, com sede em Zurique, reduziu o número de banqueiros de investimento sênior em janeiro e também demitiu funcionários em suas equipes de wealth e banco de investimento na Ásia.

Impacto de Capital

As ações do UBS caíram nos últimos dias com a notícia de que o governo suíço quer impor um aumento nos requisitos de capital regulatório ao banco. As reformas propostas provavelmente resultariam em um impacto de capital de US$ 20 bilhões, disse uma fonte familiarizada com o assunto.

Essa postura mais rígida do que o esperado surgiu no meio da complexa integração e reestruturação do Credit Suisse. O presidente Colm Kelleher alertou em novembro que 2024 será um dos anos mais difíceis do processo, que deve durar de vários anos, citando a fusão legal dos bancos controladores e das grandes subsidiárias.

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