Transformação do mercado chinês pode levar a foco em modelos de luxo, diz CEO da GM

Mary Barra sinalizou mudança para carros de alto padrão, em vez de convencionais, em evento privado: empresa enfrenta anos de queda nas vendas no maior mercado do mundo

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Bloomberg — A General Motors (GM) estuda uma mudança de estratégia na China, deixando modelos convencionais em segundo plano para se concentrar principalmente em veículos de luxo, em um momento em que luta para se recuperar de anos de queda nas vendas e nos lucros no maior mercado automotivo do mundo.

Embora a GM ainda veja um papel para si mesma no mercado chinês cada vez mais competitivo, a CEO Mary Barra disse na quinta-feira (15) que sua empresa precisa reverter sua trajetória descendente no país.

“Quando você olha para o mercado chinês, ele é muito diferente do que era há cinco anos”, disse Barra em uma conferência realizada pela Wolfe Research. “É um mercado em que queremos atuar adequadamente e acredito que se encaixe mais na categoria premium e de alto padrão.”

Os comentários da CEO seguem suas declarações em uma teleconferência de resultados no final de janeiro, sinalizando uma reavaliação dos negócios chineses da GM, dizendo que nenhuma opção estava descartada.

Uma estratégia de produto mais restrita na China marcaria uma grande reversão para a GM, que entrou no mercado em 1997 para se tornar apenas a segunda marca estrangeira a fabricar localmente depois da Volkswagen.

A montadora de Detroit cresceu rapidamente em suas duas primeiras décadas na China por meio de suas marcas Buick, Cadillac e Chevrolet, faturando US$ 2 bilhões por ano até 2018. Mas, no ano passado, a GM registrou apenas US$ 446 milhões em vendas na China, uma queda de 34%. Espera-se que volte a ter prejuízo no país neste trimestre, à medida que ajusta a produção e o estoque.

Ao mesmo tempo, a participação de mercado da GM na China ultrapassou 14% em 2017, mas desde então caiu quase pela metade para 8,4%, enquanto suas vendas de modelos na China em 2023 ficaram abaixo das realizadas nos EUA pela primeira vez desde 2009.

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