TikTok volta às lojas de aplicativo da Apple e do Google nos EUA

Apple e Google voltaram a oferecer a rede social em suas lojas de aplicativo após a garantia, em uma carta da procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, de que a proibição não seria aplicada imediatamente

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Bloomberg — A Apple e o Google, da Alphabet, voltaram a oferecer o TikTok, da ByteDance, em suas lojas de aplicativos na quinta-feira, após a garantia, em uma carta da procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, de que a proibição não seria aplicada imediatamente.

As duas empresas haviam removido o TikTok nos EUA no mês passado para cumprir uma lei aprovada em 2024. Em uma ordem executiva de 20 de janeiro, Trump disse que instruiu o procurador-geral a "não tomar nenhuma medida para fazer cumprir a lei por um período de 75 dias a partir de hoje para permitir que minha administração tenha a oportunidade de determinar o curso apropriado a seguir".

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Na noite de quinta-feira, o software havia retornado à Apple App Store e à Google Play Store. A Bloomberg News foi a primeira a informar sobre a mudança.

A mudança ocorre após semanas de incerteza sobre o futuro do TikTok, e ainda não há garantia de que ele sobreviverá nos EUA a longo prazo. O aplicativo de vídeo ficou às escuras por um breve período no mês passado para cumprir uma proibição federal, mas voltou a funcionar depois que Trump prometeu suspender a aplicação da lei. Mas a Apple e o Google não restauraram imediatamente o software em suas lojas de aplicativos.

Os legisladores dos EUA aprovaram a proibição devido a preocupações com a propriedade chinesa do TikTok, temendo que o popular aplicativo pudesse ser usado para espionar cidadãos americanos. A China exige que suas empresas compartilhem dados com o governo mediante solicitação.

Um representante do TikTok não quis comentar.

A legislação federal, denominada Lei de Proteção aos Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros, foi apoiada tanto por democratas quanto por republicanos no Congresso e sancionada pelo presidente Joe Biden em abril passado. A lei exigia a proibição do TikTok em todo o país, a menos que a ByteDance realizasse uma “alienação qualificada” até 19 de janeiro. Isso significava que a parte americana do negócio tinha que ser vendida.

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Anteriormente, Trump apoiava a proibição, mas mudou de posição. "Acho que tenho uma queda pelo TikTok que não tinha originalmente", disse ele ao assinar a ordem executiva.

Se ele não negociar um acordo até o início de abril para resolver as questões de segurança nacional relacionadas à propriedade atual do TikTok, o aplicativo poderá ser fechado mais uma vez. A ByteDance afirmou que o TikTok não está à venda.

--Com a ajuda de Alexandra S. Levine e Julia Love.

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