Tesla e BMW processam União Europeia por tarifas sobre carros elétricos chineses

Duas montadoras, que possuem modelos fabricados no mercado asiático, reagem a danos potenciais sobre seus negócios, que incluem uma esperada reação da China sobre carros europeus

A BMW Dealership in Shanghai as Automaker Recalls Almost 700,000 Cars in China on Fire Safety Risk
Por Peter Chapman - Wilfried Eckl-Dorna
27 de Janeiro, 2025 | 11:02 AM

Bloomberg — A Tesla, de Elon Musk, e a BMW processaram o braço executivo da União Europeia (UE), o que amplia a “enxurrada” de processos movidos por montadoras chinesas que atacam as tarifas que chegam a 45% sobre as importações de veículos elétricos para o bloco.

O site do Tribunal Geral da UE mostra que os dois fabricantes de veículos elétricos apresentaram desafios não especificados contra a Comissão Europeia na semana passada.

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A ação judicial de Musk aumenta as tensões com a UE alimentadas pelo homem mais rico do mundo nos últimos meses.

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Embora Musk tenha incomodado os políticos europeus por seu apoio a partidos de extrema direita, como o AfD da Alemanha, ele também esteve na mira da UE devido à falta de moderação de conteúdo em sua plataforma X.

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A BMW disse em um comunicado que as taxas da UE sobre veículos elétricos a bateria "não fortalecem a competitividade dos fabricantes europeus", mas, em vez disso, "prejudicam o modelo de negócios das empresas globalmente ativas" e "limitam o fornecimento de carros elétricos aos clientes europeus e podem, portanto, até mesmo desacelerar a descarbonização no setor de transportes".

A empresa alemã disse que ainda considera “preferível que um acordo político seja buscado por meio de negociações”. Como já foi dito, é importante evitar um conflito comercial que, no final, só tem perdedores”.

A empresa alemã foi atingida porque seu Mini Cooper elétrico e o Mini Aceman 100% elétrico são fabricados na China, de acordo com o site de automóveis Autogear.

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A Tesla, que fabrica carros para o mercado europeu na China, não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre a ação, enquanto o tribunal com sede em Luxemburgo disse que não poderia dar mais detalhes sobre o conteúdo dos processos.

A UE preparou o caminho para as tarifas, votando em outubro para impô-las depois que uma investigação concluiu que a China subsidiava injustamente seu setor.

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Meses de negociações não conseguiram resolver a disputa comercial, o que levou Bruxelas a acrescentar as novas taxas a um imposto de importação de 10% já existente.

A UE impôs tarifas anti-subsídio de 7,8% sobre a Tesla, além da taxa de 10%. As importações da BMW foram atingidas por uma tarifa de 20,7%.

A SAIC, controladora estatal da MG, foi a mais atingida, com tarifas que agora totalizam 45%. Há muito tempo a montadora chinesa mais vendida na Europa, a marca de carros esportivos, outrora britânica, teve uma queda de 58% nos registros em novembro, com base em dados fornecidos pela Jato Dynamics.

"Estamos preparados para defender nosso caso no tribunal, se necessário", disse Olof Gill, porta-voz da comissão sediada em Bruxelas.

-- Com a colaboração de Kevin Whitelaw.

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