TAP: Privatização deve ser aprovada nas próximas semanas, diz ministro de Portugal

Em entrevista à Bloomberg News, ministro das Finanças, Fernando Medina, diz que o governo vai publicar um decreto que abre caminho para a venda do controle estatal na companhia aérea

Avião da TAP
Por Joao Lima
12 de Julho, 2023 | 12:22 PM

Bloomberg — O plano de Portugal de vender uma parte da companhia aérea estatal TAP está perto de se concretizar assim que o governo estabelecer as regras para o processo nas próximas semanas, afirmou o Ministro das Finanças, Fernando Medina.

“O crescimento da empresa, a expansão das atividades, a manutenção do hub em Lisboa, a proteção da marca e a operação da TAP serão questões críticas”, disse ele em uma entrevista à Bloomberg News.

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De acordo com Medina, o governo vai publicar nas próximas semanas um decreto estabelecendo as diretrizes para a privatização da companhia aérea de 78 anos.

Além de levar um número crescente de turistas internacionais para Portugal, os voos da TAP conectam cidadãos do país e ligam o continente aos arquipélagos da Madeira e dos Açores, no meio do Oceano Atlântico. A companhia também opera voos entre Portugal e o Brasil.

O governo manterá uma participação na companhia aérea após a privatização para garantir que sejam cumpridos “objetivos estratégicos”, incluindo o objetivo de manter Portugal como seu principal hub, reiterou o primeiro-ministro António Costa em março.

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'O crescimento da empresa, a expansão das atividades, a manutenção do hub em Lisboa, a proteção da marca e a operação da TAP serão questões críticas'

Portugal contratou a Ernst & Young e o Banco Finantia para realizar avaliações da TAP como parte do plano de vender uma participação na companhia aérea, disse a empresa estatal Parpública no dia 4 de julho.

As grandes companhias aéreas Air France-KLM, Deutsche Lufthansa AG e IAG SA, empresa-mãe da British Airways e Iberia, disseram que podem considerar a TAP.

Venda de participação

Não será a primeira vez que Portugal vende uma participação na TAP. Em 2015, o governo concordou em vender 61% da companhia para a Atlantic Gateway, uma empresa que reúne investidores, incluindo o empresário da aviação David Neeleman.

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Alguns meses depois, o novo governo socialista de Costa reverteu parcialmente a privatização da companhia aérea, aumentando sua participação para 50% em relação aos 34% anteriores.

Em 2020, o governo concordou em comprar a participação indireta de Neeleman na TAP e aumentou sua participação para 72,5% antes de se tornar o único proprietário da transportadora em dezembro de 2021.

Assim como outras companhias aéreas, a TAP teve que interromper a maior parte de suas operações devido ao surto de coronavírus e recebeu financiamento de resgate do governo. A Comissão Europeia aprovou mais de 2 bilhões de euros (US$ 2,2 bilhões) em auxílio à reestruturação para a transportadora em 2021.

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A TAP informou na segunda-feira (10) que transportou 7,6 milhões de passageiros no primeiro semestre, 30% a mais do que no mesmo período do ano passado.

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