Bloomberg Línea — A Suzano (SUZB3) fez a aquisição de duas empresas de terras geridas pelo BTG Pactual (BPAC11) por R$ 1,82 bilhão, informou a gigante de celulose em fato relevante na noite deste sábado (23). O valor será pago à vista na data do fechamento da operação, previsto para o primeiro trimestre de 2024, segundo a companhia de celulose.
A operação envolve a compra da totalidade da participação societária das empresas Timber VII SPE e Timber XX SPE, sob gestão do BTG Pactual Timberland Investment Group. A Suzano é a maior produtora de celulose de fibra curta do mundo.
As empresas adquiridas são detentoras de aproximadamente 70 mil hectares de terras no estado do Mato Grosso do Sul, na região de abrangência das operações da Suzano, dos quais 50 mil hectares são úteis, “tendo em parte delas plantios de eucalipto em idades variadas”, informa o documento.
O fato relevante destaca que o preço será convertido para dólar no caso do fechamento da operação ocorrer após o dia 31 de março de 2024. Também alerta que “o preço de aquisição poderá ser ajustado para refletir a posição das companhias alvo na data de fechamento”, diante de aspectos econômicos e operacionais usuais neste tipo de negócio.
A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e demais condições precedentes habituais.
“A companhia informa que a operação está alinhada a sua estratégia de criar opcionalidade em seu negócio e ampliar a sua autossuficiência no suprimento de madeira”, disse a Suzano no fato relevante. “A companhia reitera seu compromisso com a disciplina financeira e manterá os acionistas e o mercado em geral informados acerca do andamento da operação”, acrescentou.
Klabin
Em outra megaoperação de terras nesta semana, a Klabin (KLBN4) anunciou na última quarta-feira (20) a compra de 150 mil hectares da Arauco por US$ 1,16 bilhão.
Os ativos, no estado do Paraná, envolvem 85 mil hectares de área produtiva e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé (volume esperado na operação), além de máquinas e equipamentos florestais.
O valor será pago na data de conclusão da operação, com recursos já em caixa, informOU a Klabin.
“Com a operação, a Klabin conclui a expansão de terras no Paraná para o abastecimento do Projeto Puma II, antecipa o atingimento da autossuficiência alvo de madeira e como consequência diminui os investimentos futuros estimados, principalmente relacionados à compra de madeira em pé de terceiros”, disse em fato relevante.
A empresa destacou que, com a operação, reduzirá custos operacionais de colheita e transporte de madeira, “melhorando o custo caixa total da companhia”.
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