‘Sucessores’: Theo Braga conta como busca construir o próprio legado em VC

Em entrevista ao podcast ‘Sucessores’, da Bloomberg Línea, o empreendedor e investidor anjo conta como faz para sair da sombra do pai, João Kepler, cofundador da Bossa Invest

Theo Braga
21 de Maio, 2024 | 05:27 AM

Bloomberg Línea — Theo Braga, empreendedor e investidor anjo, tem construído um legado próprio que busca transcender a sombra de seu pai, João Kepler, cofundador da Bossa Invest (antes Bossa Nova Investimentos) e um dos mais experientes investidores de capital de risco em startups do país.

No mais recente episódio do podcast “Sucessores”, nova série da Bloomberg Línea, Braga, 25 anos, compartilhou momentos chave de sua trajetória até aqui e sua visão para a sucessão empresarial.

Desde adolescente, Braga mergulhou no mundo dos negócios, iniciando sua jornada empreendedora aos 14 anos, com a venda de ingressos na escola. Mesmo nascido em um ambiente próspero, ele disse que aprendeu desde cedo o valor do mérito próprio, já que seu pai adotava a filosofia do “se vira”.

Aos 18 anos, Braga se mudou para São Paulo, onde fundou a SME Educação, um ecossistema de educação corporativa e de investimento anjo, que permitiu trilhar seu próprio caminho.

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Hoje, aos 25 anos, além de atuar como CEO da SME Educação, Braga é investidor-anjo em mais de vinte startups e lidera o pool de investimentos Brasil Smart.

“Sucessor para mim é aquele que um dia pegou algo para transformá-lo em algo muito maior. Ou seja, em vez de usufruir, é evoluir. Sucessão é transformar, criar, inovar e, com a sua identidade, construir o seu próprio legado”, disse.

Ainda que tenha optado por criar suas próprias empresas, ele mantém uma relação próxima com a família e promove reuniões regulares para alinhar objetivos e compartilhar aprendizados.

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Um dos empreendimentos de Braga é o Réveillon Arcanjos, uma festa de Ano Novo em sua terra natal, Maceió, que se tornou um dos mais disputados do Brasil.

Questionado sobre conselhos para jovens empreendedores, Braga enfatizou a importância da máxima “follow the money”, com a busca de oportunidades lucrativas alinhadas com suas habilidades e objetivos. Além disso, destacou a necessidade de criação de um legado próprio, em que é importante, afirmou, ser intencional nas conexões e nos ambientes que se frequenta.

“Eu vim de berço, graças a Deus, muito próspero. Mas, diferente do muitos amigos, meu pai nunca me deu nada além do que o necessário. Para eu ter qualquer coisa, qualquer bem de consumo, qualquer experiência que eu queria vivenciar, eu tinha que conquistar com mérito próprio”, disse.

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Isabela  Fleischmann

Jornalista brasileira especializada na cobertura de tecnologia, inovação e startups