‘Sucessores’: a jornada dos irmãos Stefanini para aprender fora e com adversidades

No novo episódio do podcast da Bloomberg Línea, Guilherme e Rodrigo, filhos de Marco Stefanini, contam como é a cultura da empresa e da família de de buscar experiências fora da gigante de TI

Por

Bloomberg Línea — A Stefanini é uma empresa brasileira pioneira em tecnologia da informação e serviços, fundada em 1987 por Marco Stefanini.

Começou como uma empresa de desenvolvimento de software e, ao longo dos anos, expandiu as operações para se tornar uma das maiores empresas de serviços de TI do país, com atuação internacional.

Agora, os filhos de Marco, Guilherme e Rodrigo, têm a missão de perpetuar o negócio até virarem sócios. Eles são os entrevistados do mais recente episódio de ‘Sucessores’, novo podcast da Bloomberg Línea.

Leia mais: ‘Sucessores’: Daniel Randon conta como conciliar longo prazo com interesse familiar

O grupo consolidou 38 companhias sob sua bandeira, com uma gama diversificada de serviços que incluem desenvolvimento de software, infraestrutura digital, marketing digital e cibersegurança.

A Stefanini também trabalha com Inteligência Artificial (IA) há mais de uma década. Outra área-chave de atuação é a preparação de dados e a otimização da experiência bancária para os clientes.

Hoje, o sucessor Rodrigo Stefanini lidera as operações no Chile e na Argentina. Com uma visão voltada para a experiência do cliente e a digitalização de indústrias pesadas, como mineração e siderurgia, a empresa busca se posicionar como fundamental para a inovação de seus clientes.

Guilherme Stefanini, irmão mais velho de Rodrigo, lidera os serviços de marketing do grupo global. A dinâmica familiar traz desafios particulares mas também dedicação ao projeto compartilhado.

“Eu trabalho muito junto com o Rodrigo e a equipe dele. Buscamos conhecer melhor o consumidor e trabalhar essa relação com ele, muito voltado à comunicação e à publicidade”, disse Guilherme.

Rodrigo ressaltou que se trata de um caso em que não há “Plano B”: a família está comprometida com o sucesso da empresa e com as mais de 200 mil pessoas que dependem dela.

Segundo o irmão mais novo, a empresa e a família têm uma cultura em que “precisamos ir para fora aprender, receber muitos ‘nãos’ e termos nossas experiências com chefes externos”.

Para ele, é importante ter essa experiência de frustrações. E depois provar que pode trazer valor para o grupo. “Isso é importante porque eu não posso estar aqui pelo sobrenome”, disse.

Leia mais: ‘Sucessores’: no mundo das artes, Jorge de Sá conta como buscou carreira própria

Rodrigo começou a carreira trabalhando no mercado financeiro, em um banco de investimento. Depois atuou com educação e seguiu no mundo de consultoria por alguns anos. Morou no Peru, na Colômbia e em algumas outras cidades do Brasil, como Palmas e Belo Horizonte.

Ele voltou para São Paulo na época da pandemia, quando trabalhou em uma fintech. Depois foi para a Stefanini.

“Ao trabalhar com a família, é natural que existam atritos e, algumas vezes, as fronteiras entre pais, filhos e irmãos se misturem. Isso significa que controle emocional é sempre importante”, disse.

“Por outro lado, você sabe que está todo mundo comprado naquele projeto”, disse Rodrigo.

Guilherme disse que o grupo é “muito descentralizado” e concede autonomia. “Desde pequeno, sempre fomos muito educados no que tivemos de oportunidade. É sobre a gente preservar a empresa e entender o nosso papel aqui como possíveis futuros sócios, como fazemos para se perpetuar.”

Leia também

Como a família Randon quer transformar um ‘hobby’ em um negócio bilionário

Casa de Negócios: de Kim Farrell, do TikTok, a Edgard Corona, da SmartFit