Starbucks ameaça demitir quem não trabalhar no escritório 3 dias por semana

Maior rede de cafeterias do mundo, sob o comando de Brian Nichols desde setembro, enviou o recado em memorando a uma de suas divisões de negócios, visto pela Bloomberg News

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Bloomberg — A Starbucks tem alertado funcionários corporativos que eles podem ser demitidos se não forem trabalhar no escritório três dias por semana.

A partir de janeiro de 2025, a Starbucks implementará um “processo padronizado” para responsabilizar os funcionários que não cumprirem a política de retorno ao escritório da rede de cafeterias, de acordo com um memorando enviado a uma das divisões da empresa que foi visto pela Bloomberg News.

As consequências são “até, e inclusive, a separação”, disse a empresa no e-mail.

A mensagem marca uma escalada na aplicação das regras de trabalho híbrido da empresa, menos de dois meses desde que Brian Niccol assumiu o cargo de CEO.

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No mês passado, o executivo disse aos funcionários que eles deveriam trabalhar onde quer que precisassem para realizar suas tarefas, mas que ele achava que esse local era em geral o escritório.

A Starbucks disse que suas expectativas em relação aos trabalhadores híbridos não mudaram e que as férias, o tempo afastado por doença e as viagens de negócios estão excluídos do cálculo.

Os trabalhadores podem solicitar uma isenção do mandato devido a deficiência física, mental, sensorial ou outra, disse a empresa.

A política se aplica a cerca de 3.500 funcionários da empresa. A maioria dos funcionários da Starbucks trabalha presencialmente em suas unidades físicas.

“Continuamos a apoiar nossos líderes à medida que eles responsabilizam suas equipes pela nossa política de trabalho híbrido existente”, disse a empresa em um comunicado na segunda-feira (28).

A Starbucks é a mais recente empresa a mudar de incentivos para punições na batalha do retorno ao escritório que vem ocorrendo nos locais de trabalho.

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No mês passado, o CEO da Amazon, Andy Jassy, surpreendeu os funcionários com um memorando em que ordena que eles começassem a se apresentar em suas mesas cinco dias por semana, a partir de janeiro. Atualmente, a Amazon permite que muitos deles trabalhem em casa dois dias por semana

No início deste ano, a Dell Technologies disse aos funcionários que optaram por permanecer remotos que eles não teriam direito a promoções, e os bancos de Wall Street também alertaram que trabalhar em casa poderia prejudicar as perspectivas de carreira dos funcionários.

Ainda assim, os escritórios nas maiores cidades dos EUA continuam com ocupação menor em comparação aos níveis anteriores à pandemia, de acordo com a empresa de segurança Kastle Systems.

Ao mesmo tempo, algumas empresas perceberam que uma ordem de retorno ao escritório pode servir como uma demissão disfarçada.

Em uma pesquisa da BambooHR, um em cada quatro executivos admitiu que esperava alguma rotatividade voluntária na sequência de um período de retorno ao trabalho.

A pesquisa mostrou, no entanto, que os trabalhadores que se demitem devido às políticas são, muitas vezes, os funcionários mais experientes que as empresas menos podem se dar ao luxo de perder.

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No início do ano passado, quando a Starbucks tentou impor sua política de trabalho híbrido, dezenas de funcionários da empresa assinaram uma carta aberta para contestar a medida.

O próprio acordo de trabalho de Niccol, que permite que ele more na Califórnia e viaje 1.000 milhas para Seattle no jato corporativo da empresa, provocou reações contrárias de alguns trabalhadores e críticos externos.

A Starbucks disse que Niccol passará a maior parte de seu tempo em Seattle ou visitando lojas. Vários funcionários disseram que não se importavam com o local de trabalho do CEO, desde que ele não diminuísse as exigências no escritório.

De acordo com o memorando, a Starbucks também vai deixar de exigir que as terças-feiras sejam um dia comum de comparecimento para todos os funcionários da matriz e, em vez disso, decidiu definir as expectativas em nível de equipe.

- Com a colaboração de Alicia Tang.

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