Bloomberg — Na manhã seguinte ao discurso do presidente Donald Trump em Washington para líderes de empresas americanas, um dos principais executivos do país pediu a ele mais segurança na agenda de governo.
O CEO do Goldman Sachs (GS), David Solomon, disse que os ventos contrários causados pelas tarifas comerciais anunciadas estão prejudicando as empresas e a atividade de trading e que os chefes de negócios da maior economia do mundo estão ansiosos por mais clareza sobre o rumo das políticas de governo.
“O nível de incerteza está um pouco mais alto, e isso tem mantido algumas coisas em segundo plano”, disse Solomon na quarta-feira (12) na Fox Business.
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“Quanto mais certeza tivermos sobre a agenda política à medida que avançarmos, melhor será o apoio ao investimento de capital e ao crescimento.”
Apesar da incerteza, ele disse que espera que os M&As (fusões e aquisições) e a atividade dos mercados de capital aumentem ao longo do ano; e acrescentou que os cortes prometidos nas regulamentações dos Estados Unidos também devem criar ventos favoráveis.
Além das tarifas, as políticas tributária e energética são áreas-chave para os líderes empresariais, disse ele.
O CEO do Goldman Sachs, um dos primeiros até aqui a se posicionar de forma mais clara sobre o governo Trump, também enfatizou a diferença no tom e nas comunicações do governo em comparação com os quatro anos sob o comando do ex-presidente Joe Biden.
Trump teve um “senso de otimismo” ao falar com a comunidade empresarial, que “entende o que o presidente está tentando fazer com as tarifas”, disse Solomon.
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Trump se dirigiu a Solomon e a outros executivos-chefes na Business Roundtable, em Washington, na terça-feira (11), em meio a grandes questionamentos sobre a agenda tarifária do presidente, que provocou até aqui retaliações de parceiros comerciais e abalou os mercados acionários globais.
Trump alertou os executivos de que mais tarifas poderiam ser anunciadas e que poderiam subir ainda mais. Isso aconteceu poucas horas depois que ele minimizou os temores crescentes de uma recessão, dizendo que a economia dos EUA iria “crescer”.
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