Siemens vai separar unidade de carregamento de veículos elétricos para crescer mais

Gigante alemã de soluções de automação industrial prevê que empresa independente possa buscar novas parcerias e construir uma base de clientes de maneira mais assertiva

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Bloomberg — A Siemens vai separar seu negócio de carregamento de carros e caminhões elétricos como uma unidade independente, com a expectativa de que possa buscar novas parcerias e impulsionar o seu crescimento.

O novo arranjo colocará sua unidade de mobilidade elétrica no caminho certo para ser mais ágil, com mais liberdade para “definir suas áreas de foco com base nos pontos fortes do negócio”, disse Matthias Rebellius, chefe da divisão de infraestrutura inteligente da Siemens, nesta segunda-feira (23).

O negócio estará bem posicionado para construir sua base de clientes em carregamento de veículos elétricos, acrescentou.

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A empresa vai combinar a divisão com a Heliox, uma especialista em soluções de carregamento rápido DC para ônibus e caminhões elétricos que a Siemens adquiriu recentemente.

O movimento segue a decisão da gigante alemã de tecnologia e soluções industriais, há dois anos, de agrupar suas atividades de carregamento em uma unidade separada.

A Siemens, com sede em Munique, tem um histórico de criar e depois vender ou listar unidades de negócios, dado que a empresa se esforça para se concentrar em suas principais competências em automação de fábrica e soluções de software.

Em maio, a empresa concordou em vender sua unidade de motores elétricos para serviços pesados, a Innomotics, para a KPS Capital Partners por 3,5 bilhões de euros (US$ 3,9 bilhões).

Nos últimos anos, a empresa também listou separadamente o negócio de equipamentos médicos, agora Siemens Healthineers, e sua divisão de energia, agora Siemens Energy.

A Siemens não entrou em detalhes sobre seus planos para a unidade eMobility, que fabrica hardware, software e serviços para carregamento de veículos elétricos, com unidades de produção, pesquisa e desenvolvimento na Alemanha, em Portugal, nos Estados Unidos, na Índia e na Holanda.

A medida também reflete a estratégia da rival ABB, que iniciou um desmembramento de suas operações de carregamento de veículos elétricos em 2021 e, desde então, planejou uma oferta pública inicial da unidade.

A ABB adiou o IPO de sua unidade, citando condições de mercado desfavoráveis. No entanto a empresa suíça levantou um total de 525 milhões de francos suíços (US$ 617 milhões) para o negócio em duas rodadas pré-IPO em novembro de 2022 e fevereiro de 2023.

A ABB agora avalia a venda de alguns de seus ativos de mobilidade elétrica, que incluem estações de carregamento de veículos elétricos em todo o mundo, bem como instalações de pesquisa e desenvolvimento na China.

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