Bloomberg — A unidade de turbinas eólicas da Siemens Energy AG iniciou uma investigação sobre a quebra de uma pá em um de seus equipamentos no Brasil, à medida que a empresa enfrenta pressão por causa de um defeito em peças de certas máquinas que deve custar mais de € 1 bilhão (US$ 1,1 bilhão) à companhia para consertar.
A turbina danificada - localizada no parque eólico Santo Agostinho, que a empresa de energia francesa Engie (EGIE3) está construindo no Nordeste - pertence à mais nova plataforma de máquinas terrestres da Siemens Gamesa, conhecida como 5.X, que tem sido atormentada por problemas de qualidade. O parque eólico foi desativado durante a investigação.
Falhas em pás e turbinas ocorrem ocasionalmente, e nem a Engie nem a Siemens Gamesa disseram que o incidente no Brasil foi resultado de um problema no equipamento.
A Siemens Gamesa afirmou que iniciou imediatamente uma investigação interna para determinar a causa raiz do incidente e não pode especular sobre a causa até que a análise esteja concluída.
Um porta-voz da Engie disse que a pá danificada pertencia a uma turbina de 6,2 megawatts recém-instalada. A empresa avalia outras 13 turbinas operacionais no local, bem como outras cinco que ainda estão em fase de comissionamento.
A turbina 5.X tem sido uma parte central dos problemas eólicos da Siemens Energy nos últimos anos, enfrentando dificuldades com questões de projeto e aumento da produção.
O Brasil é um mercado-chave para a empresa e o acordo de 2021 com o parque eólico Santo Agostinho - para fornecer 70 de suas turbinas SG 5.8-170 - foi visto como um marco para a plataforma 5.X. As pás desse modelo geralmente têm mais de 80 metros de comprimento.
A quebra da pá foi relatada anteriormente pelo FL Journal.
-- Com a colaboração de Rodrigo Orihuela.
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