Bloomberg — A Shell (SHEL) começou a realizar centenas de cortes de empregos, sendo os cargos em sua unidade de soluções de baixo carbono alguns dos primeiros a serem eliminados, segundo pessoas familiarizadas com o assunto que falaram à Bloomberg News.
Os funcionários foram informados sobre os detalhes dos cortes nesta semana, após o anúncio interno do plano de redução de pessoal em dezembro, disseram as fontes, pedindo para não serem identificadas porque a informação é confidencial.
Funcionários da divisão de assuntos corporativos também foram notificados, e outros departamentos, incluindo projetos e tecnologia, devem vir na sequência, disseram duas das fontes.
“A Shell visa criar mais valor com menos emissões, focando em desempenho, disciplina e simplificação”, disse um porta-voz. “Alcançar essas reduções exigirá um reposicionamento de portfólio, novas eficiências e uma organização geral mais enxuta.”
O CEO da Shell, Wael Sawan, que assumiu o cargo há um ano, comprometeu-se a ser “implacável” na melhoria do desempenho e no aumento do retorno aos investidores.
A empresa está fazendo um esforço para fechar a lacuna de valuation das ações com rivais americanas, como Exxon Mobil (XOM) e Chevron (CVX), vendendo ativos e reduzindo investimentos de baixo retorno, incluindo alguns em energia limpa.
A Shell empregava cerca de 93.000 pessoas globalmente em tempo integral e parcial no final de 2022, mais que o dobro da Chevron, apesar de a empresa americana ter um valor de mercado 34% mais alto.
Cerca de 1.800 pessoas já estão deixando a Shell como parte da venda de seu negócio de varejo residencial para a Octopus Energy.
Em outubro, a empresa afirmou que cortaria 200 posições em sua unidade de soluções de baixo carbono neste ano, cerca de 15% do total, com mais 130 em revisão.
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