Shell faz novas demissões enquanto CEO busca reduzir custos e aumentar eficiência

Empresa delineou um plano em junho para reduzir “custos estruturais” em até US$ 3 bi até o final de 2025; número de demitidos não foi informado

Shell logo.
Por Kevin Crowley
22 de Dezembro, 2023 | 01:02 PM

Bloomberg — A Shell fez novos cortes de empregos além das demissões anunciadas anteriormente em sua divisão de baixo carbono, com o CEO Wael Sawan buscando reduzir custos e ser mais competitivo com os concorrentes dos Estados Unidos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News.

Os cargos estão sendo eliminados com base em áreas, e os afetados têm opções, como pacotes de demissão ou se candidatar a empregos em outras partes da empresa, de acordo com as fontes que pediram para não serem identificadas ao discutirem informações não públicas.

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A Shell não quis comentar o número de demissões envolvidas. A empresa delineou um plano em junho para reduzir “custos estruturais” em até US$ 3 bilhões até o final de 2025.

“Alcançar essas reduções exigirá avaliação elevada da carteira, novas eficiências e uma organização global mais enxuta”, disse a Shell em um e-mail na quinta-feira (21). “Embora não existam metas formais, continuaremos a ajustar as atividades que oferecem o maior valor.”

Sawan prometeu ser “implacável” na melhoria do desempenho da Shell após assumir o cargo de CEO no início deste ano. O ex-chefe da divisão de gás natural da companhia está fazendo um esforço para fechar a lacuna de valuation das ações com os concorrentes dos EUA, Exxon Mobil e Chevron, vendendo ativos e reduzindo investimentos de baixo retorno, incluindo alguns em energia limpa.

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A Shell empregava cerca de 93.000 pessoas em todo o mundo em tempo integral e parcial no final de 2022, mais que o dobro da Chevron, apesar de a empresa dos EUA ter um valor de mercado 34% maior.

Em outubro, a Shell disse que 200 posições em sua unidade de Soluções de Baixo Carbono seriam cortadas em 2024, cerca de 15% do total. Executivos do setor de petróleo estão cautelosos sobre o futuro, apesar dos lucros recordes em 2022, devido à incerteza sobre o consumo futuro de combustíveis fósseis e às demandas dos investidores por dividendos e recompras de ações.

A Chevron, que concordou em comprar a Hess Corp. em outubro, recentemente instruiu a equipe a “fazer melhor” em 2024 após não cumprir algumas métricas-chave de desempenho.

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A Exxon reduziu o número de funcionários em 17% desde 2019 e anunciou neste mês um plano para economizar US$ 6 bilhões em custos estruturais até 2027.

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