Sam Altman não será mais CEO da OpenAI, do ChatGPT, após decisão do conselho

CTO Mira Murati vai assumir como CEO interina da startup que desenvolveu a ferramenta de IA generativa mais popular do mundo; conselho citou perda de confiança no executivo

Sam Altman
Por Rachel Metz
17 de Novembro, 2023 | 06:01 PM

Bloomberg — Sam Altman, uma das figuras mais proeminentes do mundo em Inteligência Artificial (IA), está de saída do cargo de CEO da OpenAI, anunciou o conselho da empresa nesta sexta-feira (17).

A CTO (Chief Technology Officer), Mira Murati, assumirá como CEO interina.

“A saída do sr. Altman segue uma revisão deliberativa do conselho, que concluiu que ele não foi consistentemente franco em suas comunicações com o conselho, prejudicando sua capacidade de exercer suas responsabilidades”, afirmou a empresa em comunicado.

“O conselho não tem mais confiança em sua capacidade de continuar liderando a OpenAI.”

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A OpenAI é um das principais players do mercado em IA, tornou-se uma das líderes em IA generativa com o ChatGPT e tem negociado a venda de ações para investidores com um valuation de US$ 86 bilhões, o que tornaria a empresa uma das startups mais valiosas do mundo.

Seus produtos mais populares, como o ChatGPT e o Dall-E, introduziram a IA generativa no mainstream.

A IA generativa é uma tecnologia treinada em grandes conjuntos de dados digitais e que pode produzir conteúdo semelhante ao humano, como imagens, texto e código, quando solicitado.

Fundada em 2015, a OpenAI lançou o ChatGPT há cerca de um ano, desencadeando um interesse crescente na tecnologia de IA generativa. Um dos seus principais investidores é a Microsoft (MSFT).

Cerca de 100 milhões de pessoas usam o ChatGPT a cada semana, afirmou a empresa em novembro, e mais de 90% das empresas Fortune 500 estão desenvolvendo ferramentas na plataforma da OpenAI. A empresa fornece seu software para empresas e está a caminho de alcançar uma receita anual de cerca de US$ 1 bilhão, conforme relatado pela Bloomberg News em agosto.

Ao mesmo tempo, a OpenAI enfrenta uma concorrência crescente de produtos rivais bem financiados desenvolvidos por outras startups e gigantes da tecnologia, incluindo o Google (GOOG), da Alphabet.

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