Bloomberg — A Sabesp tem tomado medidas para melhorar a eficiência e manter a alavancagem sob controle após a privatização do ano passado, colocando a maior concessionária de água da América Latina em posição de dobrar os investimentos para universalizar os serviços e atingir mais clientes.
A empresa está em um nível “confortável” de alavancagem para começar 2025, disse o diretor financeiro, Daniel Szlak, em entrevista a Bloomberg News.
Privatizada em julho, quando a Equatorial Energia adquiriu uma participação estratégica, a empresa cortou funcionários por meio de um programa voluntário que levou a mais de 2.000 demissões.
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Os cortes pesaram nos lucros do quarto trimestre. A Sabesp (SBSP3) informou na segunda-feira (24) que o Ebitda contábil caiu 22% em relação ao ano anterior, para R$ 2,3 bilhões. Mas a empresa está revisando contratos e embarcando em um plano de eficiência plurianual para controlar mais os custos.
“Não é que não tenhamos senso de urgência, mas tem coisas que são mais simples de executar e outras que exigem um tempo de maturação”, disse Szlak.
Os cortes voluntários de empregos custaram R$ 630 milhões, totalmente provisionados em 2024. A relação dívida líquida/Ebitda era de 1,8% no final de 2024.
“Há um conforto de alavancagem muito bom comparado ao resto do mercado, o que traz uma vantagem competitiva num cenário de juro alto”, disse Szlak.
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Pela lei federal que instituiu a universalização, a Sabesp tem que entregar água e esgoto para mais de 90% da população do estado de São Paulo até 2033, mas a empresa promete fazê-lo até 2029, o que exigirá a duplicação do nível de investimento, disse ele.
A receita líquida do quarto trimestre aumentou 5,8%, para R$ 5,8 bilhões. Szlak disse ainda que espera que o esforço para universalizar o acesso ao saneamento básico gere receita adicional, com aumento tanto via volume quanto de tarifas. Outra iniciativa é rever os descontos dados pela empresa e melhorar as cobranças, incluindo pagamentos via cartão de crédito.
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