Renault supera Stellantis em vendas na Europa na ‘despedida’ de Carlos Tavares

Em marca sintomática dos momentos contrastantes dos dois grupos automotivos, franceses superam a holding de Fiat, Peugeot, Citroën e Opel pela primeira vez na história

Un vehículo eléctrico Renault Rafale.
Por Craig Trudell
21 de Janeiro, 2025 | 08:40 AM

Bloomberg — A Renault vendeu mais veículos em toda a Europa do que a Stellantis pela primeira vez em dezembro, um mês que começou com a destituição de Carlos Tavares do cargo de CEO da empresa.

A Renault vendeu 130.097 veículos, superando os 126.091 registrados pela fabricante das marcas Peugeot, Opel, Citroën e Fiat no continente.

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A Stellantis superou sua arquirrival em todos os meses desde sua formação em janeiro de 2021, quando o Grupo PSA da França se uniu à fabricante ítalo-americana Fiat Chrysler.

Pela primeira vez, a Stellantis fica atrás da Renault em vendas

Tavares, 66 anos, desentendeu-se com o presidente do conselho John Elkann e com o conselho da Stellantis nos meses seguintes a um alerta de queda do lucro no fim de setembro.

O ex-CEO perdeu a confiança de membros do conselho depois de entrar em conflito com os principais stakeholders, incluindo políticos, revendedores, fornecedores e funcionários.

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Ficar atrás da Renault na Europa tem um significado especial, dada a fixação de Tavares pela empresa enquanto dirigia o Stellantis.

Leia mais: Na disputa ‘feroz’ dos elétricos, Renault aposta na China para sair fortalecida

O executivo português passou a maior parte das três primeiras décadas de sua carreira na Renault e a deixou de forma dramática em 2013, depois de ter lutado abertamente pelo cargo do então CEO Carlos Ghosn.

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Depois que a Renault cancelou uma possível oferta pública inicial (IpO) de seu negócio de veículos elétricos em janeiro do ano passado, Tavares questionou a estratégia da empresa francesa e pôs em dúvida se ela tinha escala para competir.

Seus comentários estimularam a especulação de que a Stellantis buscaria uma aquisição ou um acordo com a Renault e provocaram uma negativa pública por parte da Elkann.

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