Bloomberg — A queda da bilheteria forçou uma operadora de cinema com 100 anos de existência a entrar com pedido de recuperação judicial.
A Metropolitan Theatres, uma empresa familiar que opera 16 cinemas nos estados americanos da Califórnia, do Colorado e de Utah, disse em documentos judiciais que a pandemia de covid e suas consequências na indústria cinematográfica afetaram sua liquidez.
As greves de atores e de roteiristas de Hollywood do ano passado foram um golpe adicional aos negócios porque reduziram os lançamentos de filmes esperados até 2025, disse a empresa.
A Metropolitan Theatres não está sozinha.
A AMC Entertainment Holdings, a maior rede de cinemas do mundo, evitou a quebra durante o auge da pandemia, mas o Cineworld Group, controlador da Regal Cinemas, entrou com pedido de recuperação judicial pelo Chapter 11 da lei americana em 2022.
Outras empresas também entraram com proteção contra credores ou fecharam nos últimos anos, incluindo o antigo proprietário do histórico Cinerama Dome em Hollywood.
A Metropolitan Theatres disse em apresentação na quinta-feira (29) que não possui dinheiro suficiente para compensar as baixas vendas de ingressos deste ano sem reduzir o aluguel de suas localidades restantes.
O presidente David Corwin, em declaração sob juramento, também destacou a pressão contínua do streaming, já que as vendas de ingressos na América do Norte caíram cerca de 20% neste ano.
Corwin, cuja família é proprietária da Metropolitan Theatres desde sua fundação por Joseph H. Corwin em 1923, disse que a empresa pretende usar a proteção do Chapter 11 para negociar reduções de aluguel com proprietários e fechar locais que não pode mais pagar.
A empresa paga cerca de US$ 2,6 milhões anualmente em aluguel, um custo que ele disse continuar sendo um “dreno” de dinheiro.
A Metropolitan Theatres está usando uma modalidade do Chapter 11 para pequenas empresas que é projetada para ser mais barata e rápida do que uma concordata corporativa tradicional.
A empresa apresentou petições para continuar a pagar despesas comerciais ordinárias, incluindo salários para 240 funcionários em meio período e 12 em tempo integral.
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