Quem comprou a Copel, estatal de energia privatizada pelo governo do Paraná

Empresa deixou de ter o governo do estado como acionista majoritário e passou a operar com o capital misto pulverizado, ou seja, sem um controlador definido

Copel
16 de Setembro, 2023 | 03:22 PM

Bloomberg Línea — A Copel (CPLE3, CPLE6), empresa brasileira responsável pela distribuição de energia elétrica no estado do Paraná, se tornou mais uma das companhias estatais privatizadas nos últimos anos.

A privatização recém-concluída em agosto gerou um total de R$ 5,1 bilhões em uma oferta subsequente de ações (follow-on), segundo comunicado da empresa enviado ao mercado.

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Isso significa que a Copel deixou de ter o governo do Paraná como principal acionista. Passou a operar com capital misto pulverizado, ou seja, tornou-se uma organização que opera com capital vindo do público e do privado sem um acionista controlador de referência.

Uma fatia de 17,90% do capital total da Copel ainda é do governo paranaense, segundo informações do site de investidores da empresa com data de 14 de agosto.

Diferentes fundos, empresas e investidores estrangeiros e nacionais fizeram parte da lista de compradores de partes das ações da Copel que estavam disponíveis para venda nessa oferta.

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A gestora 3G Radar, dos bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, por exemplo, adquiriu 85,16 milhões de ações preferenciais na companhia paranaense, ou cerca de 5,07% do total das ações preferenciais emitidas.

A gestora americana GQG Partners também abocanhou uma quantidade das ações da empresa, levando cerca de 59 milhões de ações ordinárias (CPLE3), conseguindo uma participação de 5,6%.

Em comunicado ao mercado em agosto, a GQG afirmou que a aquisição se tratava de “um investimento minoritário que não tinha o objetivo de alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia”.

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Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg News, o GIC, fundo soberano de Cingapura, também comprou uma fatia da Copel, assim como Zimmer Partners e SPX Capital, que haviam demonstrado interesse inicial em ancorar a transação, segundo uma das pessoas, que pediram anonimato porque a informação não é pública.

Outros acionistas relevantes são o Vanguard Group, uma das maiores empresas de investimento dos EUA, e o também americano Dimensional Fund, segundo informações do Terminal Bloomberg.

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Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.