Bloomberg — O governo de Portugal considera vender uma participação de pelo menos 49% da TAP em sua mais recente tentativa de privatizar a companhia aérea estatal, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
O processo de privatização deve começar em março e pode ser concluído no final deste ano ou em 2026, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada por discutir informações que não são públicas. Há cerca de 12 empresas interessadas na TAP, disse a pessoa.
Um porta-voz do Ministério da Infraestrutura de Portugal não quis comentar.
As maiores companhias aéreas da Europa (Air France-KLM, Deutsche Lufthansa e a IAG, proprietária da British Airways) já manifestaram publicamente seu interesse na TAP.
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Sua maior atração está no fato de ser a maior fornecedora europeia de conexões aéreas para o Brasil. A principal companhia aérea de Portugal também mantém uma forte presença na África e opera vários voos para a América do Norte.
A TAP faz parte de um pequeno grupo de companhias aéreas estatais ainda em disputa na Europa, uma região atualmente dominada pelos três principais grupos de companhias aéreas. Em janeiro, a Lufthansa concluiu a aquisição de uma participação minoritária na companhia aérea italiana ITA Airways, enquanto a Air France-KLM comprou no ano passado uma participação na SAS.
O primeiro-ministro Luis Montenegro, que assumiu o cargo em abril, disse que o governo quer manter o hub da companhia aérea em Lisboa, bem como as rotas que são estratégicas para o país.
A administração anterior tinha como objetivo vender pelo menos 51% da companhia aérea em um plano de privatização anunciado em 2023. Com a possível venda de uma participação minoritária, Montenegro poderia evitar a oposição política no parlamento que, de outra forma, ameaçaria um plano de venda de uma participação majoritária.
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Além de transportar turistas que têm visitado Portugal em maior número, os voos da TAP conectam uma diáspora global de cidadãos do país e também ligam o continente aos arquipélagos da Madeira e dos Açores no meio do Atlântico.
A companhia aérea portuguesa é liderada pelo CEO Luis Rodrigues e transportou 16 milhões de passageiros no ano passado, um aumento de 1,6% em relação a 2023.
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