Por que a Universal, gravadora de Taylor Swift, planeja demitir centenas de pessoas

Maior gravadora do mundo, que também conta com artistas como Drake, The Weeknd e Billie Eilish, enfrenta um cenário de desaceleração do crescimento nas receitas

Taylor Swift é uma das principais artistas no portfólio da Universal Music (Foto: Dimitrios Kambouris/Getty Images North America)
Por Lucas Shaw - Ashley Carman
12 de Janeiro, 2024 | 02:54 PM

Bloomberg — A Universal Music Group, gravadora de alguns dos artistas mais populares do mundo, incluindo a maior da atualidade, Taylor Swift, planeja cortar centenas de empregos no primeiro trimestre do ano, segundo pessoas com conhecimento do assunto disseram à Bloomberg News.

A maior divisão da empresa, de gravação de músicas, será a mais afetada, disseram as pessoas, que não tinham autorização para falar publicamente e pediram para não ser identificadas.

A Universal Music, a maior gravadora do mundo, tinha cerca de 10.000 funcionários no final de 2022, segundo documentos.

Após anos de crescimento de dois dígitos impulsionado pela proliferação de serviços de streaming pagos, as vendas na indústria da música diminuíram.

PUBLICIDADE

A receita da Universal Music subiu apenas 3% no terceiro trimestre de 2023 - uma fração do ganho do ano anterior - e previa-se que avançasse com a mesma taxa no quarto trimestre.

A Universal Music não respondeu a um pedido de comentário da Bloomberg News.

O CEO da Universal Music, Lucian Grainge, tentou impulsionar o negócio ajustando os termos dos acordos da empresa com os principais serviços de streaming e instando-os a combater atividades fraudulentas, como falsificações geradas por IA ou bots que desviam royalties de seus artistas.

Executivos também pressionaram as plataformas a aumentar os preços.

Essas iniciativas levarão algum tempo para terem impacto, e Grainge pode satisfazer os acionistas nesse meio tempo com os cortes de custos. A administração se referiu aos planos de cortes durante uma teleconferência de resultados de outubro, dizendo que eles trarão uma melhora nas margens de lucro. “Cortar para crescer” foi a forma comoque Grainge chamou o programa.

“Vamos cortar despesas gerais para poder investir em outras áreas”, disse ele na teleconferência. “Temos experiência em administrar o negócio, em gerenciar as equipes e as empresas que compõem o grupo, e temos um plano.”

Os concorrentes da Universal Music também cortaram empregos no último ano. A Warner Music Group reduziu a equipe em cerca de 4% em março passado para “aproveitar as oportunidades futuras’, segundo um memorando enviado pelo CEO Robert Kyncl na época.

PUBLICIDADE

A Warner e a Universal abriram capital nos últimos cinco anos, colocando mais pressão sobre seus líderes para entregar crescimento. A Universal teve uma sequência de sucessos com hits de Swift, The Weeknd, Drake, Billie Eilish e Olivia Rodrigo.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também

Por que o Spotify precisa melhorar seus números financeiros em 2024

T4F: empresa dos shows de Taylor Swift no país é alvo de autoridades após morte de fã

©2024 Bloomberg L.P.