Plano da Petrobras prevê aumento de 9% nos investimentos até 2029, para US$ 111 bi

Proposta do Plano de Negócios, que precisa ser aprovada pelo conselho, inclui o desembolso de US$ 77 bilhões para exploração e produção

Do total do investimento planejado, cerca de US$ 7,9 bilhões devem ser destinados apenas para exploração
18 de Novembro, 2024 | 05:59 PM

Bloomberg Línea — A diretoria executiva da Petrobras (PETR3, PETR4) deve submeter ao conselho de administração da companhia uma proposta de Plano de Negócios de 2025 a 2029 com investimentos da ordem de US$ 111 bilhões, um aumento de 9% em relação ao período anterior de 2024-2028. A informação foi enviada ao mercado por meio de fato relevante nesta segunda-feira (18).

Segundo a estatal, o maior desembolso proposto é para o segmento de exploração & produção (E&P), no valor de US$ 77 bilhões. No plano anterior, esse montante era de US$ 73 bilhões.

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Caso confirmado, o plano de investimento reforça o discurso de executivos da companhia de priorizar a exploração e produção de petróleo, apesar da crescente discussão sobre transição energética.

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Do total planejado para E&P, cerca de US$ 7,9 bilhões devem ser destinados para exploração. A Petrobras não detalhou no fato relevante o montante que deve ser alocado na exploração da Margem Equatorial.

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A proposta de plano projeta produção total de 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed) no período. A projeção é a mesma do plano anterior.

Já no segmento de refino, transporte, comercialização, petroquímica e fertilizantes, a estatal deve apresentar proposta de investimentos de aproximadamente US$ 20 bilhões de 2025 a 2029, ante US$ 17 bilhões no planejamento anterior.

A petroleira informou ainda uma projeção de dividendos ordinários com faixa que começa em US$ 45 bilhões, com “flexibilidade para pagamentos extraordinários de até US$ 10 bilhões no período do plano”.

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Segundo Ilan Arbetman, da Ativa Investimentos, o crescimento proposto de menos de 10% dos investimentos em relação ao plano anterior já era esperado, o que também ocorreu na proposta de desembolsos para o segmento de exploração e produção.

“Julgamos a maioria dos pontos como neutros para a tese. De positivo, elencamos a maior expectativa para pagamentos de dividendos regulares. Acreditamos ainda que a não ocorrência de nenhuma premissa muito fora do esperado pode favorecer os papéis da empresa”, disse em relatório.

Analistas do Citi (C) afirmaram em relatório que os números divulgados pela Petrobras vieram em linha com as expectativas, mas destacaram que há uma maior probabilidade de pagamento de dividendos extraordinários no curto prazo.

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O banco mantém a previsão de US$ 4 bilhões em proventos extraordinários no curto prazo e espera que a Petrobras reduza a estimativa de capex para 2025, com uma curva crescente mais no médio prazo.

A estatal destacou no fato relevante que o Plano de Negócios 2025-2029 será submetido à aprovação do Conselho de Administração e, uma vez aprovado, será tempestivamente comunicado ao mercado.

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Juliana Estigarríbia

Jornalista brasileira, cobre negócios há mais de 12 anos, com experiência em tempo real, site, revista e jornal impresso. Tem passagens pelo Broadcast, da Agência Estado/Estadão, revista Exame e jornal DCI. Anteriormente, atuou em produção e reportagem de política por 7 anos para veículos de rádio e TV.